31 de agosto de 2009

NRP Delfim será museu em Viana do Castelo

A Marinha prevê ceder para fins museológicos os submarinos já parados ou a abater ao serviço, mas espera que as autarquias interessadas se manifestem.

"Aguarda-se a formalização do interesse por parte destas autarquias", o que "deverá traduzir-se na assunção dos encargos decorrentes da preparação dos navios para fins museológicos, nomeadamente a remoção de todos os fluidos e outros poluentes, que existam no seu interior, e do reboque e colocação no local de destino final", disse ao DN fonte da Armada.

Está previsto que os submarinos Barracuda (ainda operacional) seja cedido à Câmara de Cascais e Delfim (abatido em 2005) à de Viana do Castelo. Neste último caso, segundo a própria autarquia, a cedência far-se-á "a troco de uma compensação de 50 mil euros para efeitos de preparação técnica e ambiental" - embora em data a determinar. (DN)

CPLP - EXERCÍCIO FELINO 2009

Após os três primeiros dias do FELINO 09, o processo de planeamento no seio da CPLP para o desenvolvimento de uma operação de apoio à Paz num cenário fictício que tem como base geográfica o território de Moçambique, entra na sua fase de implementação.

Os cerca de 66 militares envolvidos, que passaram por uma fase inicial de consolidação e refrescamento dos processos de planeamento operacional actualmente em fase de harmonização ao nível da CPLP, utilizam as facilidades de um centro de controlo, montado por militares Portugueses, que permite a um Estado-Maior e ao Comando da Operação o acesso a facilidades iguais às disponíveis no centro em São Tomé e Príncipe, mensagens militares, intranet militar e Internet. O estabelecimento de links satélite veio ainda tornar possível não só a interligação dos centros de Portugal, São Tomé e Moçambique através de sistemas seguros mas também permitir o acompanhamento e participação no exercício de outros militares nesses países.

Para que tal fosse possível Portugal disponibilizou e montou diverso material informático (cerca de 36 computadores, 2 servidores, 2 routers, calhas técnicas, projectores, impressoras) e estabeleceu as redes necessárias, facilidades estas que uma vez terminado o exercício serão entregues as FA de Moçambique.Fonte: EMGFA

30 de agosto de 2009

Brigada Hidrográfica da Marinha actualiza cartas nos Açores

Uma Brigada Hidrográfica da Marinha encontra-se desde Julho nos Açores a fazer levantamentos no mar e em terra, com vista à actualização das cartas dos portos e fundeadouros do Grupo Central.

Terminados os trabalhos de campo na ilha Terceira, a Brigada Hidrográfica vai agora para a Graciosa onde permanecerá até ao dia 4 de Setembro.Ontem, cerca das 17h00, no porto da Praia da Vitória, com o apoio da Administração dos Portos da Terceira e Graciosa, procedeu-se ao embarque da lancha hidrográfica "Cagarra" a bordo da corveta NRP "João Roby".

Para poder cumprir a sua missão, a UAM "Cagarra" está equipada com um sondador multifeixe e outros modernos e sofisticados equipamentos de sondagem e posicionamento. A brigada hidrográfica actualmente nos Açores é composta por cinco militares do Instituto Hidrográfico da Marinha, chefiados pelo primeiro-tenente hidrógrafo Carlos Marques.(Fonte: Marinha Portuguesa)

27 de agosto de 2009

SIVICC gerido pela GNR, mas com cooperação de outras entidades

Apesar do novo Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da costa portuguesa ficar sob a gestão da Guarda Nacional Republicana, esta conta com a colaboração da Autoridade Marítima, da Marinha, da Força Aérea e do Instituto Portuário dos Transportes Marítimos.

Segundo o ministro da Administração Interna Rui Pereira, «segurança e defesa têm aqui um papel de complementaridade». É que, em relação à costa portuguesa, «põe-se um problema de segurança e prevenção, em geral da criminalidade, e põe-se um problema de defesa», explicou.

De acordo com a constituição e com a lei, a cooperação entre forças de segurança e forças armadas é necessária nos termos que foram previstos na lei de segurança interna, recentemente.

Rui Pereira reforça, contudo, que é necessário valorizar outros instrumentos, além da parceria e cooperação entre forças, que também têm um papel complementar em relação à própria segurança, sendo o VTS um deles. «O aproveitamento das suas capacidades de detecção permite resultados operacionais relevantes na prevenção e no combate à criminalidade», garantiu.

SIVICC é a nova palavra de ordem na prevenção do crime na costa

VTS já assegurava a segurança do tráfego marítimo, mas ainda faltava prevenir a criminalidade. Por isso, será implantado um Sistema Integrado de Vigilância que tornará a costa mais segura e dará mais meios às autoridades.

O Vessel Traffic System (VTS), um sistema instalado pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), já assegura a segurança do tráfego marítimo em Portugal, mas ainda falta instalar a solução que garanta a segurança interna e aduaneira.

Já não demorará muito para que o Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC) seja uma mais-valia para a prevenção da criminalidade e para a segurança da costa portuguesa.

O SIVICC, coordenado pela Unidade de Controlo Costeiro da GNR, já está «a funcionar em fase de arranque e dentro de seis meses estará a funcionar no Algarve» na primeira fase do projecto, afirmou o ministro da Administração Interna Rui Pereira, na semana passada, durante a apresentação da plataforma de partilha de meios e informações, no Centro de Controlo Marítimo de Ferragudo, em Lagoa.

Segundo o general Estêvão Alves, comandante da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR, o SIVICC «será constituído por vinte postos de observação fixos e oito postos móveis».

Ainda assim, o alcance depende do sistema em funcionamento: se for radar apenas detecta alvos, não os identificando, mas se for o sistema electrico-óptico terá um alcance «até 20 quilómetros, permitindo detectar embarcações de oito metros», no período nocturno, explicou o general.

A outra vantagem é a possibilidade de «visualizar quem vem dentro das embarcações», a oito quilómetros da costa, através de imagens vídeo, acrescentou.

O novo Sistema de Vigilância será, assim, uma forte arma para a análise comportamental e detecção de potenciais actividades ilícitas.

«Enquanto o VTS controla embarcações comerciais e o tráfego, os operadores da GNR com acesso ao VTS podem analisar comportamentos e posturas. Se uma embarcação estiver três dias parada a determinada distância, será possível verificar a possibilidade de se passar algo de suspeito», exemplificou o general.

A verdade é que será possível depois orientar o esforço do SIVICC para esse barco, permitindo ver, por exemplo, se existem pequenos semi-rígidos. Até porque, segundo o general comandante da UCC da GNR, «uma das técnicas mais utilizadas pelos narcotraficantes é a utilização de barcos de maior calado, que largam depois embarcações mais pequenas».

A posição geo-estratégica de Portugal, bem como a história do país, a nível económico ou social, sempre mostraram a importância que a costa e o mar assumem.

Hoje em dia, «passam pela costa portuguesa muitas rotas internacionais, para as quais é necessário garantir a segurança», disse Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes.

Por isso mesmo, é natural que haja uma preocupação dominante com a segurança da costa e o tráfego marítimo, tendo que existir uma «estratégia que valorize a salvaguarda dos recursos e potencie uma gestão integrada da plataforma marítima», afirmou por sua vez o ministro Rui Pereira.

Até porque o facto é que se o mar cria muitas oportunidades, também gera a oportunidade do «crime organizado, os tráficos e até fenómenos que julgávamos instalados no caixote do lixo da história, como a pirataria», sublinhou.

Para compreender esta importância, segundo o ministro, há que distinguir ainda dois conceitos importantes, que não têm «a tradução adequada para o português. Os ingleses distinguem Security e Safety. E nós, em Portugal, temos que falar de indemnidade e de segurança, como face e contra face daquilo que é preciso garantir em relação à nossa costa. E com o SIVICC, Portugal ficará dotado com uma poderosa infra-estrutura que garante a cobertura efectiva da costa», salientou ainda.
Fonte:Barlavento On-Line

26 de agosto de 2009

“Asas de Portugal” da Madeira para a Líbia

A parelha acrobática da Força Aérea Portuguesa vai estar na próxima semana em Tripoli. A notícia foi confirmada ontem por fonte oficial ao Jornal da Madeira, depois de alguns dias de acertos de pormenores na agenda. Os "Asas" vão à Líbia exactamente uma semana depois de terem estado na Madeira, onde pelo segundo ano consecutivo estiveram envolvidos nas Festas do Dia da Cidade. A parelha, que soube da deslocação à terra de Muammar Khadafi quando estava no Funchal, na passada sexta-feira, vai estar inserida na comitiva da visita que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, vai efectuar àquele país. Os "Asas de Portugal" são considerados uma das melhores parelhas acrobáticas da Europa e fazem cerca de vinta exibições por cada época, utilizando dois "caças" Alpha Jet nas acrobacias como a que vimos a 21 de Agosto. (Fonte: Jornal da Madeira )

25 de agosto de 2009

Novidades no destacamento aéreo da Madeira

O General Luis Araújo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, afiançou ao Jornal da Madeira que o Destacamento Aéreo da Madeira vai ser transformado em Aeródromo de Manobra. Terá o número "3" e estará operacional assim que for publicada a Lei Orgânica da Força Aérea. Luis Araújo falou ao JM na sua deslocação ao Funchal, onde os "Asas de Portugal" fizeram uma actuação brilhante.

A estrutura da Força Aérea do Porto Santo vai ser mudada. O Destacamento Aéreo da Madeira, baseado naquela ilha, irá passar a Aeródromo de Manobra nº 3 assim que seja publicada a Lei Orgânica da Força Aérea. A notícia foi dada ao Jornal da Madeira pelo General Luis Araújo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, durante a sua visita ao Funchal, na semana passada. Depois dessa fase, será proposto ao ministro da Defesa Nacional o dispositivo, o que deverá acontecer até Dezembro. Neste momento existe apenas mais um Aeródromo de Manobra em Portugal, em Ovar. Mas como é tradição da Força Aérea nunca repetir o número, apesar de ter sido transferido para o Exército o número 2, em São Jacinto, aquele ramo vai dar o nº3 à estrutura da ilha dourada.

A questão da mudança do Destacamento para Aeródromo de Manobra assume-se, praticamente, no papel. E mesmo tendo designações que distinguem as estruturas, «precisamos claramente de criar condições para alojar e acomodar as pessoas, tanto em termos de alojamento, como de alimentação», porque, explicou o General, «não podemos ter um dispositivo aéreo no Porto Santo e ter as pessoas a viver em unidades hoteleiras».

A solução actual, além de ser muito mais dispendiosa, é contra toda a filosofia militar. Agora, «porque isso implica muitos e variados meios, temos de coordenar as mudanças com o Ministério da Defesa Nacional e a Direcção Geral de Infraestruturas». Quanto à data de chegada do C295 à Madeira, que o Jornal anuncuou há vários meses que viria para o Porto Santo, o responsável refere que esse aparelho vai, antes de mais, substituir as funções do C212 que actualmente existe na Força Aérea. Quanto à data prevista para a entrega do aparelho que vai operar no Porto Santo e que, neste caso, substituirá o avião mais conhecido por "Aviocar" nas evacuações médico-sanitárias, ainda não existe. De qualquer forma, há já três daqueles aviões, de fabrico europeu, na Força Aérea Portuguesa, e os restantes serão entregues até ao final do próximo ano faseadamente.

«Para a missão que o actual avião tem na Região, o aparelho tem cumprido muito bem. A missão primária do Aviocar na Madeira é a do transporte de evacuação sanitária, além de efectuar algumas missões de fiscalização de pescas», referiu o general. Mas o C295 terá, mais cedo ou mais tarde, de chegar à Madeira, com o General a apontar a data provável da entrada plena em funcionamento do aparelho para o primeiro semestre de 2012, visto que é preciso formar as tripulações, o que demora mais de um ano.A questão que se coloca é que o C295 «é um pouco além do que precisamos para transporte de doentes, mas é o que vamos utilizar». Por outras palavras, a Força Aérea Potuguesa não vai manter o C212 Aviocar apenas no Porto Santo, pois isso significaria muitos mais custos.

EH-101 Merlin

O outro aparelho que tem estado em permanência no Porto Santo é o EH101 «Merlin», que durante algum tempo esteve mesmo a fazer, em exclusivo, as viagens entre o Porto Santo e o Funchal para as evacuações e que ainda é utilizado para os casos mais graves, aterrando directamente no heliporto do Hospital Central do Funchal. Apesar de existirem alguns problemas, de vez em quando, despoletados por algumas falhas no cumprimento do contrato por parte do consórcio construtor, nomeadamente no que dizia respeito à manutenção, Luis Araújo garante que aquele é «um dos melhores helicópteros do mundo». Afinal, estamos a falar do helicóptero que vai passar a transportar o Presidente dos Estados Unidoas da América, sendo a primeira vez que um aparelho não americano vai servir na Casa Branca, enalteceu o general. Mas voltando aos "Merlin" que operam em Portugal, os aparelhos precisam de manutenção, precisam de peças e de regeneração de peças e «continuamos a não estar satisfeitos com o fluxo logístico que sustenta o "EH101"». O responsável máximo pela Força Aérea em Portugal continua a garantir que «o helicóptero é bom, continua a ser bom, mas ninguém compra diamantes pelo preço da prata», compara.

Continuando, o General salientou que «o Merlin faz coisas fantásticas, com tecnologia que o Puma não tinha, - e esse continua a ser um bom helicóptero, - só que o Merlin precisa de uma logística à rectaguarda e isso ultrapassa-nos, porque não tem sido tão sustentada quanto gostaríamos». Questionado sobre a actual situação dos pilotos do "Merlin", uma vez que a dada altura havia menos comandantes do que o que era necessário e que esses eram assediados por companhias aéreas e empresas privadas de combate a fogos, o General foi peremptório: «se se amar a Força Aérea e se se tiver bom suporte em casa, isto é suportável. se não se tiver, naturalmente procura-se e é absolutamente natural que se procure outras soluções». E prosseguiu: «Para as pessoas para quem o dinheiro é importante, não podemos condenar que saiam. Não vou dizer que a vida nas empresas é mais fácil do que na Força Aérea, cada um tem as suas cruzes, mas o que é certo é que as pessoas saem. Neste momento temos uma tripulação de homens que já não são majores nem capitães, são coronéis e para esses já é difícil entrar em companhias aéreas» como a TAP, por exemplo. Às vezes têm outras oportunidades...»

F16 estão à espera do radar para vir ...

O destacamento dos aviões F16 no Porto Santo está previsto e funcionará quando se tornar necessário, segundo o General Luis Araújo.A parelha de aviões está preparada para vir para a Madeira, mas os prazos estão dependentes da entrada em funcionamento do radar. Quando a estrutura estiver pronta, explicou o responsável máximo pela Força Aérea em Portugal, «viremos mais vezes com os F16».Não é fácil ter alojamento na actual configuração do Destacamento do Porto Santo, razão pela qual, para treinarmos tanto os pilotos, como os operadores de radar, teremos de ter condições para alojar as equipas. Luis Araújo garantiu, de qualquer forma. que «a parelha de F16 há-de vir algumas vezes, logo que tivermos a estrutura montada, fundamentalmente o radar e as facilidades para ter cá os aviões. Mas o hangar que foi construído no Porto Santo, perto da cabeceira norte do Aeroporto, não está inutilizado, porque está a ser utilizado para ter dentro o "EH101 Merlin". Quanto à instalação completa do Radar do Pico do Arieiro e do consequente início das operações, «está previsto que no último trimestre de 2010 o radar esteja a ser inaugurado». Fonte:Jornal da Madeira

Augusta Westland...Finalmente vai cumprir os contratos de contrapartidas dos EH-101 Merlin

O britânico Bill Hodson, director-geral da subsidiária portuguesa da Augusta Westland (AW), está em Lisboa para concretizar uma tarefa há muito esperada: cumprir os contratos de contrapartidas, negociados em Agosto de 2008 com o Estado português, para a manutenção dos 12 helicópteros EH-101 Merlin da Força Aérea Portuguesa, comprados à AW em 2001.

Mas Bill Hodson quer ir além do acordo. Ele quer rentabilizar a operação da AW, usando a diplomacia portuguesa como porta de negócios nos mercados africanos, revelou ao Negócios."Existem regiões do mundo, como África, onde a influência portuguesa pode ajudar-nos. Portugal terá memorandos de entendimento que podem facilitar ou reforçar a nossa presença nessas regiões", afirma Bill Hodson. "Sabemos que os negócios assentam em relações e Portugal tem relações antigas com determinadas regiões...", frisa. (Jornal de Negócios)

24 de agosto de 2009

CPLP - EXERCÍCIO FELINO

No âmbito do plano de actividades militares da CPLP decorreu hoje, dia 24 de Agosto, a cerimónia de abertura da 10ª edição do exercício FELINO, na Escola de Formação de Sargentos em Boane, em Moçambique. A cerimónia presidida pelo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Moçambique, General Paulino Macaringue, contou com a presença dos adidos de Defesa dos países CPLP acreditados e do EUA, bem como com a presença de algumas autoridades locais.

O exercício deste ano, que decorre no formato Command Post Exercise (CPX), tem como finalidade o aperfeiçoamento da capacidade de resposta do Comando e do Estado-Maior de uma Força Conjunta e Combinada em Operações de Apoio à Paz e Ajuda Humanitária. Este CPX será mais um passo no sentido da consolidação do processo de harmonização de conceitos, terminologias e doutrina conducentes à essencial uniformização de procedimentos entre os países CPLP.

O FELINO 09 terminará no próximo dia 28 de Agosto e conta com a participação de cerca de 66 militares dos diferentes países CPLP. (EMGFA)

Os anjos-da-guarda que voam sobre a ilha dourada

Uma aeronave C12 Aviocar do Destacamento Aéreo da Madeira (DAM), descolou três vezes de Porto Santo para o Funchal a fim de transportar um paciente com princípios de enfarte, outro com uma fractura no calcanhar e um terceiro com quadro clínico complicado.

Dois dias antes, a mesma aeronave efectuara um voo nocturno para transportar uma grávida que necessitava de assistência hospitalar no Funchal, tendo voltado a descolar no dia seguinte duas vezes, com um paciente que se queixava de dores abdominais, e com outro que apresentava cortes profundos na face. Chegado o fim-de-semana, o Aviocar voltou a sair três vezes da pista do Porto Santo para o Funchal para transportar um doente com uma hemorragia, outro que havia sofrido um corte profundo num membro inferior e ainda um paciente com problema ocular. No domingo, somaram-se mais duas missões de evacuação sanitária: um doente com uma hérnia e outro com fortes dores de cabeça.

Estas são algumas das notícias, entre muitas, colocadas online na página do Estado Maior da Força Aérea (EMFA) depois dos acontecimentos, e que não chegam aos jornais. A não mediatização destas operações faz parte da postura dos militares quer do Destacamento da Força Aérea em Porto Santo (DFAPS), quer do DAM, ambos sediados na ilha dourada.

Uma ilha amarela de areia, com 5 mil habitantes, número que quadruplica nos três meses de Verão, que já merecia mais do que um Centro de Saúde. E a população de Porto Santo sabe disso. Quanto aos turistas, provavelmente desconhecem mas os madeirenses que ali fazem férias conhecem bem a realidade. Daí o carinho e respeito que nutrem pelos militares que lhes dão segurança a qualquer hora do dia ou da noite, evacuando-os rapidamente para a ilha-mãe. A aviação comercial não dá resposta e o ferry que faz a ligação interilhas demora mais de duas horas com horários incompatíveis às dores da gente que não vem no jornal.

Há crianças que nascem a bordo do Aviocar e mães que na aflição das horas que antecedem ao parto esquecem os sapatos por debaixo da maca onde se deitaram nos 15 minutos de voo de aflição, sempre acompanhadas por pessoal médico do Centro e por militar enfermeiro da Força Aérea Portuguesa (FAP).

"Vamos deixá-los no Centro de Saúde para os entregarem à senhora", diz-nos Rogério Salvado, um dos jovens pilotos do Aviocar, enquanto retira do interior da aeronave as sandálias da paciente transportada, a fim de guardá-las em local seguro.

No Destacamento da FAP em Porto Santo há também esse sentimento devido às ligações muito directas ao povo. Sente-se esse querer ajudar, sem horas, nem perguntas. Cumpre-se um dever colocando o lado humano no topo das prioridades. Nas instalações perto do aeroporto, e que não são muito grandes, há um silêncio funcional.

Uma calma necessária para manter a cabeça fria das tripulações quer do Aviocar, quer do Merlin EH101, o helicóptero-jóia da coroa. É que a principal missão da FAP, depois da Defesa Nacional, é a de SAR, Busca e Salvamento, para as quais têm um orçamento próprio, enquanto que as de evacuações sanitárias, previstas no caso das ilhas, são suportadas por quem solicita o serviço, neste caso os serviços de saúde, que no final do ano costumam acertado contas com o EMFA. Cifrões que representam, a maioria das vezes, uma vida. Daí que os 2 mil euros/hora do Aviocar e os 7 500/hora do Merlin possam, à primeira vista, parecer um luxo, acabam por perder o peso do dinheiro.

Se em 2008 o total das 155 missões numa soma total de 500 mil euros, tendo sido transportados para o Funchal cerca de 190 doentes. Este ano, os números serão mais elevados, uma vez que só até Agosto a FAP já colocou na Madeira 87 pessoas.

Mas é também na Madeira que a sua presença tem enorme relevância, sobretudo a do Merlin, nas operações de resgate quer no mar, quer nas montanhas. E isso acontece mais vezes do que muitos julgam.

À volta da mesa de trabalho, juntam-se o capitão Rogério Martins, em exercício de funções como comandante do DFAPS e o tenente-coronel Pinto, comandante do DAM e piloto do Aviocar.

O primeiro organismo tem por missão a manutenção das infra-estruturas atribuídas, comando, área de apoio, pistas e placas, hangar, paióis, navegação e rádio ajudas) apoio logístico ao DAM e outras aeronaves militares, nacionais e estrangeiras, a recepção e armazenamento de combustíveis na ilha, e a colaboração com o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros em situações de calamidade pública. Contam com 15 militares e 32 civis.

Ao DAM, para além da busca e salvamento, cabe, ainda, apoiar o governo regional da Madeira, o Comando Operacional, a Marinha e o Exército em operações de evacuação sanitária, transporte geral e reconhecimento visual, utilizando um helicóptero EH101 Merlin (Esq. 751) e um C212 Aviocar (Esq. 502), num total de 10 militares. O C212 deverá ser substituído em breve pelo C295, mas deixará saudades.

Ainda há dias, a FAP foi notícia após um rapaz que andava à pesca da lapa nos recifes de S.Vicente (norte da Madeira) ter sido resgatado já de noite, ao fim de 4 horas de luta contra um mar revolto, "graças à acção da Capitania, Sanas e Merlin da Força Aérea", pilotado pelo major João Carita e que considera ser este "o melhor helicóptero do mundo", pois permite a busca nocturna e tem o dobro da capacidade de alcance do velho Puma, com bilhete de identidade registado no final dos anos 60, e de que os madeirenses bem se lembram. (Fonte :JN)

22 de agosto de 2009

Moçambique acolhe exercício militar Felino 2009

Os exercícios militares das forças armadas dos Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão realizar-se na província de Maputo, no sul de Moçambique, na próxima semana, anunciou o Estado Maior General das Forças Armadas Moçambicanas.

Segundo a nota de imprensa da Comissão Organizadora do Estado Maior General das Forças Armadas de Moçambique (FADM) vão participar na acção elementos dos exércitos de Moçambique, Portugal, Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné-Bissau.

O exercício (Felina 2009) vai decorrer na Escola de Sargentos General Alberto Chipande, no distrito de Boane, Província do Maputo, sul do país, de 24 a 29 deste mês.

"Estes exercícios, que se realizam anualmente desde o ano de 2000, em regime rotativo, têm por objectivo treinar as Forças Armadas da CPLP, o planeamento, a conduta e o controlo de operações de apoio à paz e de ajuda humanitária, dando uma resposta eficaz a uma situação específica de crise", refere a nota de imprensa da Comissão Organizadora do Estado-Maior General das FADM.

Esta é a segunda vez que Moçambique acolhe os exercícios militares da CPLP.
Em 2008, a acção teve lugar em Portugal e no próximo ano será a vez de Angola, seguindo-se Guiné-Bissau em 2011.(DN)

21 de agosto de 2009

Afeganistão: Fuzileiros integram «Force Protection»

Um grupo de 20 fuzileiros portugueses vai integrar, a partir de Outubro, a unidade que faz a protecção dos militares portugueses que estão a assessorar batalhões do Exército afegão.
Segundo a Marinha Portuguesa, em declarações à Lusa, esta é a primeira vez que fuzileiros portugueses estão no Afeganistão como «Force Protection».

O segundo comandante da Escola de Tropas Comandos, tenente-coronel Gonçalves Soares, revelou que dos 40 militares que fazem parte da próxima unidade «Force Protection», metade serão fuzileiros, que estão a ser treinados pelos comandos portugueses, na serra da Carregueira, em Sintra.

«A Marinha vai avançar com os fuzileiros mas somos nós [comandos] que os estamos a treinar e numa primeira fase vai ser metade metade, 20 comandos e 20 fuzileiros», afirmou Gonçalves Soares.

Segundo o porta-voz do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), comandante Ramos de Oliveira, as unidades de protecção de força são habitualmente desempenhadas por comandos, mas no futuro poderão vir a ser constituídas apenas por fuzileiros. (Tvi24)

Beja - Exercise Summer Riddler 09


O clima quente e seco que se sente no Baixo Alentejo foi um teste para os elementos do Centro Móvel de Controle Aéreo, uma unidade da força aérea dinamarquesa que se instalou desde o dia 4 de Agosto na Base Aérea de Beja.


Os cerca de 80 militares cumprem hoje o último dia de exercício nesta base alentejana, um local escolhido para testar a capacidade de resistência e adaptação do equipamento e dos elementos desta unidade a um clima diferente.


"O primeiro dia foi muito duro. Andámos todos com tonturas e bebemos cinco ou seis litros de água. Mas já nos habituámos...", confessou a Tenente Glaser, um dos militares dinamarqueses que passaram o mês em Beja.


Para o Tenente-coronel M. Kranker, Comandante da unidade, a missão foi um sucesso dados os conhecimentos adquiridos pelos militares deste destacamento.


Apesar de não existir ainda nenhuma missão específica para esta recente unidade militar, o exercício serviu também como preparação para uma possível missão no Afeganistão.


A Tenente Glaser também se mostrou satisfeita com a experiência e com a possibilidade de pôr em prática alguns procedimentos que apenas tinham testado em teoria. Mas a questão do clima é, inevitavelmente, aquela que mais comentários suscita. "É muito bom perceber que o nosso corpo consegue adaptar-se a este tipo de clima", afirmou. Uma opinião que coincide com a do comandante da unidade que garantiu sentir-se mais preparado depois desta missão.


Para os responsáveis da Base Aérea de Beja a experiência demonstrou a capacidade das forças portuguesas trabalharem em conjunto com outras unidades internacionais.

O Exercise Summer Riddler 09, designação desta missão, termina hoje e os militares dinamarqueses devem deixar no domingo a Base Aérea de Beja.(Sapo)

NRP Álvares Cabral ao comando da SNMG1

A fragata NRP ÁLVARES CABRAL, navio chefe da SNMG1, iniciou no passado dia 17 de Agosto de 2009 a sua participação na operação "Active Endeavour".

A SNMG1, è constituida pelos navios, NRP Álvares Cabral (Portugal), pelo USS Stephen W. Groves (Estados Unidos da América), e pelo FGS Rhoen (Alemanha). A Standing NATO Maritime Group 1,e será comandada pelo Contra - Almirante português, José Pereira da Cunha.

20 de agosto de 2009

“Asas de Portugal” voltam a dar espectáculo

Os “Asas de Portugal” voltam a oferecer aos madeirenses e turistas um espectáculo acrobático nos céus da capital madeirense. A demonstração está marcada para as 17h30 de sexta-feira (Dia da Cidade do Funchal), mas um dia antes há voo de treino.

A Patrulha Acrobática da Força Aérea Portuguesa ­-“Asas de Portugal” voltam a associar-se às comemorações do Dia da Cidade do Funchal (21 de Agosto), repetindo a experiência de 2008.Os “Asas de Portugal” vão fazer a sua demonstração no feriado de sexta-feira, na baía do Funchal, pelas 17h30, estando o treino previsto para o dia 20.

Esta patrulha nasceu em 1976 e desde então «cumpre a importante missão de promover junto do grande público, nacional e internacional, a Força Aérea Portuguesa e Portugal, transmitindo pelo exemplo, uma imagem de proficiência, profissionalismo e disciplina».

Desde 2005 que esta unidade opera o avião caça-bombardeiro subsónico Alpha-Jet e insere-se na Esquadra 103 “Caracóis”, sedeada na Base Aérea N.º11, em Beja.

Os pilotos que constituem os Asas de Portugal, Major Piloto-Aviador Paulo Videira (n.º1) e Capitão Piloto-Aviador Ricardo Ribeiro (n.º2), têm como missão primária ministrar Instrução Avançada de Pilotagem e Conversão Operacional para Aeronaves de Combate, acumulando voluntariamente a missão de representar o ramo e o País, através da acrobacia aérea.

«O regresso à Madeira acontece na expectativa de que o apoio dos milhares de pessoas que assistiram à demonstração no ano passado se repita e que a demonstração da Patrulha da Força Aérea volte a superar expectativas», referem os Asas de Portugal. (Jornal da Madeira)

Sagres regressa a casa !

O navio-escola Sagres termina sábado (dia 22) a viagem de instrução dos cadetes do 2º ano da Escola Naval. Esta missão, que começou dia 30 de Maio, envolveu treino, visita às Comunidades Portuguesas e apoio à Politica Externa do Estado em que se destaca o regresso, após um interregno de dois anos, aos eventos da Sail Training International - Tall Ships Atlantic Challenge 2009.Nesta viagem mais de 60 mil pessoas visitaram o navio-escola português, que praticou cinco portos.

A Viagem de Instrução teve como primeiro destino o porto de Hamilton, capital das Bermudas (20 a 24 de Junho), seguindo-se os portos de Nova Iorque (29 de Junho a 5 de Julho) e Boston (7 a 13 de Julho) nos Estados Unidos.Em Nova Iorque e em Boston o navio visitou e estreitou relações com a Comunidade Portuguesa local, sendo de destacar a presença da “Sagres” nas comemorações do Dia da Independência dos Estados Unidos da América (4 de Julho) em Nova Iorque e a oportunidade de se ter comemorado a bordo o Dia Nacional de Portugal nas Nações Unidas com a presença da maioria das representações.

Em Boston, o navio integrou o evento Tall Ships Atlantic Challenge 2009, em que, conjuntamente com outros Grandes Veleiros, participou num leque de actividades culturais, lúdicas e desportivas destinadas ao publico em geral e às guarnições dos navios participantes que estiveram abertos ao público. O N.R.P. “Sagres”, em companhia com os restantes navios, visitou ainda o porto de Halifax – Canadá (15 a 20 de Julho), navegando depois em regata até Belfast – Reino Unido, porto onde esteve presente entre os dias 10 e 16 de Agosto.

Os cadetes do Curso “D. Rodrigo de Sousa Coutinho”, embarcados no NRP Sagres, têm tido oportunidade de colocar em prática e consolidar os conhecimentos técnicos adquiridos ao longo do ano lectivo na Escola Naval, com especial ênfase na área da Navegação.A “Sagres” é comandada pelo Capitão-de-Fragata Luís Pedro Pinto Proença Mendes e conta para esta missão com uma guarnição de 191 militares, incluindo 60 marinheiros em regime de contrato e 35 cadetes da Escola Naval. A bordo encontram-se ainda 10 cadetes e oficiais de marinhas estrangeiras (Estados Unidos da América, Alemanha, Canadá, África do Sul, França, Rússia, Moçambique, Tunísia, Brasil e Angola) que aceitaram o convite para participar nesta aventura.

O NAVIO-ESCOLA “Sagres” é um veleiro com 90 metros de comprimento, com 3 mastros e armação em barca, construída nos estaleiros navais Blohm & Voss, na Alemanha, em 1937 e navega há 47 anos com a missão principal de assegurar a formação marinheira dos futuros oficiais da Marinha Portuguesa, complementando as componentes técnica e académica ministradas na Escola Naval e a de representação da Marinha e do país no estrangeiro, desempenhando o papel de embaixada itinerante de Portugal. (Marinha Portuguesa)

Saiba mais sobre esta e outras viagens em http://sagres.marinha.pt/

Vigilância reforçada com o SIVICC

O Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC) da costa portuguesa vai estar operacional em Portugal Continental daqui a 17 meses. O anúncio foi feito pelo comandante da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR, general Estevão Alves, ontem, na apresentação em Ferragudo da plataforma de partilha de meios entre o VTS (Vessel Traffic System) e a UCC.

O VTS é um sistema radar de controlo do tráfego marítimo gerido pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) em colaboração com a UCC, que passa a ter operadores nas consolas do centro de controlo em Ferragudo. É um sistema de vigilância a longa distância já preparado para integrar o SIVICC, mais vocacionado para o controlo costeiro e prevenção e repressão da criminalidade por via marítima.

O SIVICC é gerido pela GNR e vai estar parcialmente operacional no Algarve dentro de seis meses. O sistema permite um controlo mais próximo da costa e integra, além do radar, um sistema electro-óptico, que, por exemplo, permite identificar e ver os tripulantes numa embarcação de seis metros, a dez quilómetros da costa durante o dia. O SIVICC substitui o velho LAOS e a GNR espera vir a conseguir com ele grandes melhorias nas intervenções selectivas. Fonte: Correio da Manhã

19 de agosto de 2009

Almirante Vieira Matias quer GNR apenas nos rios

O almirante Vieira Matias, ex-chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA), defende a total reestruturação do sistema de vigilância das águas da costa portuguesa. Essa mudança, segundo o oficial na reserva, deverá passar por uma redução de competências da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR, remetendo a recém-criada unidade ao patrulhamento dos estuários dos rios, na detecção de tráfico de droga ou de seres humanos ou contrabando.
Almirante CEMA entre 1997 e 2002, Vieira Matias usou o recente caso do cargueiro russo ‘Arctic Sea’ como exemplo da "sobreposição de competências que se verifica no patrulhamento das águas costeiras, até às 12 milhas". Enquanto a Marinha e o Governo desmentiram a passagem da embarcação por águas territoriais portuguesas, Vieira Matias mostrou-se crente de que lanchas da Armada chegaram a avistar o ‘Arctic Sea’, e se "não chegaram a intervir, foi porque não receberam ordem do poder político".
Perante a "confusão de competências que este caso demonstrou, e a sobreposição de meios que impede a eficácia no trabalho", Vieira Matias é peremptório: "A Marinha tem competências históricas, técnicas, e científicas e deve assumir em exclusivo o patrulhamento das águas costeiras, até às 12 milhas".
"Se já o faz bem na Zona Económica Exclusiva (zona costeira entre as 12 e as 200 milhas), deverá assumi-lo em exclusivo na orla costeira. Haveria melhor aproveitamento de recursos, deixando a GNR de ser receptora das melhores embarcações", considera Vieira Matias, que acrescenta: "A UCC deverá ver a sua acção reformulada, e remeter--se aos estuários dos rios".

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, vai hoje inaugurar uma nova infra-estrutura que será operada pela UCC. Em Ferragudo, Portimão, o centro de partilha de meios Vessel Trafic System (VTS) permitirá detectar movimentações de embarcações de grandes dimensões até 50 milhas, abrindo caminho à intervenção das lanchas da UCC.(Correio da Manhã)

NATO - Missão 'Escudo Oceânico'

A primeira fase da nova missão de combate à pirataria 'Escudo Oceânico' deverá prolongar-se até ao «final de Outubro ou princípio de Novembro», disse à Lusa o porta-voz do Comando Conjunto da NATO em Oeiras.

De acordo com o porta-voz, o tenente-coronel Wolfgang Schmidt, a 'Standing NATO Maritime Group 2' (SNMG2), que vai levar a cabo a primeira fase da missão 'Escudo Oceânico' - um navio britânico, um turco, um italiano, um grego e um norte-americano -, já estão ao largo da costa da Somália, onde se localizam algumas das rotas comerciais mais movimentadas do mundo e onde se sucedem os ataques pirata a petroleiros e cargueiros de grandes dimensões.

Depois de Novembro, a 'Escudo Oceânico' - que vai durar pelo menos um ano - será desenvolvida por uma nova frota da NATO.

O comando geral desta nova missão vai ser assegurado pelo Comando Conjunto da NATO em Oeiras, enquanto o quartel-geral de Northwood, no Reino Unido, irá executar o controlo táctico no dia-a-dia.

Para apoiar esta nova missão, aprovada hoje pela NATO, existe a possibilidade da força naval comandada por Portugal, a 'Standing NATO Maritime Group 1' (SNMG1), também regressar no final deste ano àquela zona do globo.

A SNMG1, liderada pela fragata da Marinha Portuguesa 'Álvares Cabral', partiu na semana passada de Lisboa rumo ao Mar Mediterrâneo, onde vai levar a cabo alguns exercícios e operações navais, mas o restante planeamento da sua missão - o comando português dura até Janeiro de 2010 - ainda está para aprovação pela Aliança Atlântica.

Contudo, fontes militares ouvidas pela Lusa consideram provável o regresso da 'Álvares Cabral' - que substituiu a 'Côrte-Real' - ao Corno de África, até pelo empenho que a NATO tem demonstrado no combate à pirataria.

Entre Março e Junho deste ano a 'Côrte-Real' esteve com cerca de 200 militares na costa da Somália a combater a pirataria. (Lusa/Sol)

15 de agosto de 2009

DIA DA ARMA DE INFANTARIA E DA ESCOLA PRÁTICA DE INFANTARIA

Realizaram-se no dia 14 de Agosto de 2009, em Mafra, as Cerimónias Comemorativas do Dia da Arma de Infantaria e da Escola Prática de Infantaria (EPI).

As Cerimónias decorreram com brilho e elevação, estando presentes várias Altas Individualidades Civis e Militares, destacando-se S. Exª o Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Luís Pinto Ramalho, que presidiu ao Evento.

De realçar também, a magnífica “Exposição D. Nuno Álvares Pereira”, que vai estar patente na EPI no período de 14 de Agosto a 27 de Setembro de 2009. (Exército Português)

14 de agosto de 2009

14 de Agosto 1835 "A BATALHA DE ALJUBARROTA"

"No dia 14 de Agosto, logo pela manhã, o exército de D. João I ocupa uma posição fortíssima no terreno, escolhido na véspera por Nuno Álvares Pereira. No final da manhã chegam os castelhanos, que circulam pela estrada romana.

Evitam o choque com os portugueses, uma vez que isso implicaria a subida de um terreno em condições extremamente desfavoráveis. Preferem tornear a forte posição portuguesa pelo lado do mar, até estacionarem na ampla esplanada de Chão da Feira. O exército português constituído por aproximadamente 7.000 homens de armas, move-se então uns dois quilómetros para Sul e inverte a sua posição de batalha para ficar de frente para o inimigo.

Passava das 18 horas quando se deu o assalto castelhano à posição portuguesa. Uma vez iniciada a batalha, é então possível referir os cinco principais momentos do combate:

1º- a impetuosa vanguarda do rei de Castela (na sua maior parte constituída por tropas auxiliares francesas, como claramente assegura Froissart) inicia o ataque provavelmente a cavalo, sendo rechaçada nas obras de fortificação antecipadamente preparadas pela hoste de D. João I, obras essas que constituíram uma surpresa absoluta para os seus arrogantes adversários. Para prosseguir o combate, os franceses são obrigados a desmontar (aqueles que o conseguem fazer) na frente do inimigo e, por isso, em posição absolutamente crítica.

2º- ao saber do desbarato da sua linha da frente, D. Juan I decide mandar avançar o resto do exército então presente no Chão da Feira, maioritariamente também a cavalo. Ao aproximarem-se da posição portuguesa, apercebem-se de que - contrariamente ao que supunham - o combate está a ser travado a pé (ou tem de ser travado a pé, dadas as características do sistema de entrincheiramento defensivo gizado pela hoste portuguesa). Por isso, os cavaleiros castelhanos desmontam cedo e percorrem a pé o que lhes falta (escassas centenas de metros) até alcançarem os adversários. Ao mesmo tempo, cortam as suas compridas lanças, para melhor se movimentarem no corpo-a-corpo que se avizinha;

3º- entretanto, os homens de armas de D. Juan I vão sendo crivados de flechas e de virotões lançados respectivamente pelos arqueiros ingleses e pela “ala dos namorados” portuguesa, o que, juntamente com o progressivo estreitamento da frente de batalha (devido aos abatises, às covas de lobo e aos fossos) os entorpece, embaraça e torna "ficadiços" (de acordo com Fernão Lopes) e os aglutina de maneira informe na parte central do planalto; tais foram, porventura, os minutos mais decisivos da jornada;

4º - quanto às alas castelhanas, essas permanecem montadas, destinadas que estavam - como era tradicional na época - a ensaiar um envolvimento montado da posição portuguesa, coisa que, devido à estreiteza do planalto, apenas a ala direita (chefiada pelo Mestre de Alcántara ) terá conseguido, e mesmo assim numa fase já tardia da refrega;

5º- o pânico apodera-se do exército castelhano, quando dentro do quadrado português, a bandeira do monarca castelhano é derrubada. Os castelhanos precipitam-se então numa fuga desorganizada. Segue-se uma curta, mas devastadora perseguição portuguesa, interrompida pelo cair da noite. D. Juan de Castela põe-se em fuga, em cima de um cavalo, juntamente com algumas centenas de cavaleiros castelhanos. Percorre nessa noite perto de meia centena de quilómetros, até alcançar Santarém, exausto e desesperado. Até à manhã do dia seguinte, milhares de castelhanos em fuga são chacinados por populares nas imediações do campo de batalha e nas aldeias vizinhas.

O restante das forças franco-castelhanas saem de Portugal, parte passando por Santarém e depois por Badajóz e a outra parte, através da Beira, por onde tinham entrado.

No campo de batalha, as baixas portuguesas foram cerca de 1.000 mortos, enquanto no exército castelhano se situaram em aproximadamente 4.000 mortos e 5.000 prisioneiros. Fora do campo da batalha, terão sido mortos nos dias seguintes pela população portuguesa, cerca de 5.000 homens de armas, em fuga, do exército castelhano. Devido ao significado político da Batalha e aos seus numerosos nobres e homens de armas que aí morreram, Castela permaneceu em luto por um período de dois anos. (Fundação Batalha de Aljubarrota)

Consórcio alemão propõe a Portugal um submarino grátis

Os dois submarinos adquiridos por Portugal ao consórcio alemão, e que têm levantado tanta controvérsia, podem transformar-se em três. É que as contrapartidas previstas no contrato não estão a verificar-se – e o construtor propõe-se entregar um submarino a custo zero, avança a edição do SOL desta sexta-feira
O consórcio German Submarine Consortium (GSC), a quem o Governo de Durão Barroso adjudicou em 2004 a compra de dois novos submarinos, sondou elementos da Marinha portuguesa, há cerca de dois meses, propondo a entrega de um terceiro submarino a Portugal a custo zero.
Um dos responsáveis da empresa líder do consórcio, a Man Ferrostaal, esteve em Portugal em Junho passado e, nos vários encontros mantidos com diversas personalidades, participou numa reunião com elementos da Armada que acompanham a execução do contrato dos submarinos.
Nessa reunião terá surgido a proposta, com carácter muito informal, conforme explicaram ao SOL, de ser entregue um terceiro submarino a Portugal, mas sem custos.(Sol)

11 de agosto de 2009

Faróis e Planetário Calouste Gulbenkian recebem Ciência Viva nas férias

A Marinha, através da Direcção de Faróis e do Planetário Calouste Gulbenkian, realiza, de 15 de Julho a 15 de Setembro, várias actividades no âmbito da iniciativa "Ciência Viva no Verão 2009".
Atendendo ao elevado interesse e à grande adesão despertada junto do público em geral, a Direcção de Faróis e o Planetário Calouste Gulbenkian participam, à semelhança de anos anteriores, na iniciativa "Ciência Viva no Verão 2009". Este programa constitui uma excelente forma de divulgação das actividades dos vários organismos da Marinha, ao mesmo tempo que proporciona o conhecimento do nosso património histórico-cultural.

O programa pode ser consultado no site do Planetário, através do link:
http://planetario.online.pt/Extras/extras-verao2009.html.

Para mais informações e inscrições nas actividades deverá consultar o website da Ciência Viva em: www.cienciaviva.pt. (Marinha Portuguesa)

10 de agosto de 2009

MAI assina contrato para vigilância da costa...com empresa espanhola Indra

A empresa espanhola Indra anunciou hoje que assinou um contrato com o Ministério da Administração Interna de Portugal um contrato para a implementação de um sistema de vigilância e controlo da costa portuguesa, um projecto que terá de estar terminado em 22 anos e que custará 25,5 milhões de euros.

A rede terá uma rede de postos de detecção de movimentos de embarcações e centros de controlos que permitirão uma visão integrada de todo o sistema, informa a empresa, citada pela agência Europa Press e pela imprensa espanhola.

A empresa já elaborou outros projectos para o Estado português, como a extensão da rede de vigilância área até à Madeira, a sua integração no comando da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o novo cartão do cidadão. (D.N)

9 de agosto de 2009

Marinha tem novos Salva-Vidas

A Marinha, através da Direcção-Geral de Autoridade Marítima, continua a apostar numa melhor assistência no salvamento marítimo e socorro a náufragos, tendo nestes últimos anos investido em novos meios de salvamento marítimo, realidade essa, a partir de hoje com o aumento ao efectivo de mais cinco salva-vidas (SV) de capacidade costeira.


Estes novos salva-vidas, integralmente concebidos e construídos em Portugal, nos Estaleiros da Viana Pescas com um acompanhamento técnico da Direcção Geral da Autoridade Marítima – Instituto de Socorros a Náufragos, é um exemplo das capacidades de construção naval existente em Portugal.

Estes novos cinco salva-vidas dispõem de características operacionais de relevo, destacando-se a velocidade superior a 40 nós, a resistência ao mar, a capacidade de auto-endireitante e podendo operar com vagas de 10 metros.

Os novos salva-vidas agora atribuídos às Estações de Salva-vidas do Douro, Nazaré, Cascais, Ferragudo e Horta nos Açores, vieram de forma significativa aumentar as capacidades operacionais preponderante no salvamento marítimo.

No dia 07 de Agosto de 2009, no primeiro dia em que o Salva-Vidas (SV) SR31 da Nazaré foi colocado ao serviço, numa acção de apoio balnear, foi efectuado um salvamento, em zona não vigiada, de uma senhora que foi arrastada pela forte ondulação para a rebentação.

A tripulação do SV apercebendo-se do sucedido prosseguiu para a zona de rebentação onde resgatou a senhora e saindo dessa zona em segurança, situação só possível devido às capacidades náuticas que este novo meio proporciona.(Marinha Portuguesa)

8 de agosto de 2009

Militares no terreno para prevenção de incêndios

Vinte e sete militares e duas viaturas tácticas do Regimento de Infantaria 3, de Beja, do Exército Português vão continuar até ao final deste mês de Agosto a colaborar para a prevenção de incêndios no distrito.

As patrulhas decorrem nos concelhos de Mértola e de Moura, no âmbito do Plano Vulcano, tendo já percorrido cerca de 8.000 quilómetros e combatido em primeira instância em dois focos de incêndio.“Além da vigilância permanente, estas equipas de sapadores militares têm melhorado os acessos e promovido a limpeza de áreas florestais públicas, mantendo uma profícua e estreita ligação do CDOS e DGRF de Beja”, sublinha ao “CA” fonte militar. (Correio Alentejo)

7 de agosto de 2009

Exposição D. Nuno Álvares Pereira

A exposição,D. Nuno Álvares Pereira “O Legado, as Batalhas, as Representações”, a ter lugar na Escola Pratica de Infantaria, em Mafra entre os dias 14 de Agosto e 27 de Setembro.

Integram a exposição, entre outras, as seguintes peças:uma réplica do estandarte de D. Nuno Álvares Pereira; um antigo hábito Carmelita composto por uma túnica, escapulário e capa; duas imagens em relativas a dois painéis de azulejos existentes no Quartel do Carmo de Lisboa, feitas segundo gravuras de Debrié, representando D. Nuno Álvares Pereira junto às fachadas Ocidental e Oriental do antigo Convento do Carmo, que mandou construir e onde faleceu em 1431; vestígios arquitectónicos do antigo Convento do Carmo, destruídos aquando do terramoto de 1755; uma cópia do Breve Pontifício de 1986, do Congratio Pro Cultu Divino, que declara Nossa Senhora do Carmo Padroeira da Guarda Nacional Republicana e um manequim de militar da Guarda Nacional Republicana. (Fonte:G.N.R)

Caças MIG-31 à venda por 3 euros

Os saldos chegaram à aviação russa. São quatro os caças MIG-31 que foram vendidos por apenas 5 dólares cada um, ou seja, 3,48 euros a unidade. A venda ilegal já está a ser investigada pelas autoridades russas.

A venda a preços de ‘saldo' foi descoberta depois da unidade de anti-corrupção ter investigado a fábrica de aviões 'Sokol', em Niznhy Novgorod, também conhecida como "21ª Fábrica de Aviões", com o objectivo de averiguar se esta seguia os regulamentos de venda de aviões.

"Como resultado, quatro caças que não foram vendidos legalmente acabaram por ser comprados por uma empresa fictícia", revelaram as autoridades.

A corrupção impera na Rússia, e até o presidente Medvedev queixou-se ainda nesta semana do facto de vários responsáveis estatais exigirem subornos para desempenharem tarefas que favorecem interesses particulares.(D.E)

"Sucata ou museu" são únicos destinos possíveis para os Aviocar


Foto: Força Aérea Portuguesa
As 10 aeronaves Aviocar que integravam uma lista de equipamentos militares a serem alienados nesse ano apenas poderão ser vendidas como "sucata ou para fins museológicos", indica o relatório de execução da Lei de Programação Militar de 2008.

"Relativamente à alienação das 10 aeronaves [C-212 Aviocar] verifica-se que estão há bastante tempo na situação de inibidas de voo, encontrando-se, regra geral, incompletas e, algumas delas, sem os respectivos motores, sendo somente possível a sua alienação como sucata ou para fins museológicos", diz o relatório a que a agência Lusa teve acesso.

O documento observa no entanto que para além destas 10, "existem 14 aeronaves Aviocar em condições de voo, cuja alienação apenas deverá ser considerada após a declaração de 'Full Operacional Capability' das novas aeronaves C-295" (compradas ao 'gigante' espanhol EADS-CASA) e que está "prevista para o final de 2010".

O ministério contava encaixar 15 milhões de euros com a alienação dos Aviocar, mas do que estava previsto para o ano passado, apenas foram vendidas duas fragatas ao Uruguai por 13 milhões de euros a serem pagos em cinco anos.

Segundo o relatório, para além destes e das duas fragatas da Marinha Portuguesa estavam também para alienar mais oito helicópteros PUMA - por 20 milhões - e 10 aeronaves F-16 da Força Aérea - por 45 milhões -, o que daria um valor de 90 milhões de euros, destinado aos Órgãos e Serviços Centrais do ministério da Defesa.

Sobre os F-16, o documento refere que "foram efectuados contactos com diversas entidades internacionais potencialmente interessadas, adidos militares no estrangeiro e consórcios internacionais" e que "a Força Aérea Paquistanesa solicitou informações sobre configuração e 'upgrades' estruturais das aeronaves, tendo manifestado interesse em realizar uma visita à OGMA para apreciar os trabalhos de modernização e 'upgrade'" das aeronaves.

Em relação aos PUMA, foram também "efectuados contactos com diversas entidades internacionais potencialmente interessadas, adidos militares no estrangeiro e consórcios internacionais", mas até ao final do ano passado ainda não tinha sido possível "concretizar a operação".

Contudo, o relatório acrescenta que segundo informações apresentadas pela Força Aérea na altura, dos oito helicópteros apenas quatro estavam "em condições de alienar" já que os outros quatro para ficarem em condições de voo precisavam de "uma profunda manutenção".(Expresso)

1 de agosto de 2009

Brigada Mecanizada bloqueada a sul do Tejo

A Presidência da República recebeu  informações sobre a situação de quase bloqueio, a sul do Tejo, em que se encontra a Brigada Mecanizada do Exército, soube ontem o DN.

A situação resulta da inexistência de pontes, num raio de 60 quilómetros, com capacidade para aguentar - ou ser atravessadas - os meios pesados que estão aquartelados em Santa Margarida, que será reforçada a partir de Setembro com 37 carros de combate Leopard 2A6 (ainda mais pesados, onde o Estado vai investir cerca de 52 milhões de euros).

Este campo militar tem três pontes sobre o Tejo a distâncias relativamente curtas: Constância (a mais próxima), Abrantes e Chamusca (ambas envelhecidas e a recuperar, a primeira integrada no IC9 e a segunda no IC3). Mas, quando a Brigada precisa de deslocar os meios pesados, tem de percorrer 60 quilómetros até à ponte Salgueiro Maia, em Santarém, para atravessar o rio. Tomando como referência as oficinas de manutenção do Exército no Entroncamento, os carros de combate M60A3 andariam cerca de 15 quilómetros através de uma ponte em Constância - em vez dos cerca de 120 a que são obrigados via Santarém, explicaram duas das fontes ao DN.

"Cerca de um terço da força operacional [correspondente a uma das três brigadas] do Exército está bloqueada a sul do Tejo", declarou um oficial do ramo.

O Exército, tanto na informação enviada no início do ano ao Palácio de Belém como num documento produzido no tempo do ex-ministro da Defesa Paulo Portas, sustentou, segundo fontes do ramo, que a melhor solução reside numa nova ponte em Constância - alternativa à actualmente existente, controlada por semáforos e onde se circula num único sentido de cada vez.

O presidente da Câmara Municipal de Constância, António Mendes (independente eleito pela CDU), alertou para a existência de outros nós por desatar sem uma nova ponte no concelho. Por um lado, as dificuldades de circulação que enfrentam os cerca de 4000 veículos que atravessam diariamente a antiga ponte rodoviária - limitada ao máximo de 10 toneladas e em risco de encerrar, apesar dos trabalhos ali realizados após a tragédia de Entre-os-Rios. Por outro, estão em causa os acessos ao chamado 1º CIRVER (unidade de tratamento de resíduos perigosos) no ecoparque da Chamusca, com inauguração prevista para Junho, e a outro a abrir meses depois.

"É um problema que o Governo tem em mãos. Não sei como vai ser resolvido", sublinhou o autarca, pois, com base nos estudos de impacto ambiental, "o CIRVER foi licenciado com base na construção de uma ponte sobre o Tejo em Constância (por ficar mais próxima daquele ecoparque) e para evitar a travessia de povoações". Sem ela, frisou, "terão de rever as acessibilidades".

Quanto ao Exército, os problemas não se restringem à mobilidade da Brigada Mecanizada. Com base em informações da autarquia de Constância, o ramo já antecipa os efeitos do fecho da ponte ferroviária que está junto à fábrica de celulose do Caima. "A maioria do pessoal de Santa Margarida é do norte. Tendo de vir pela ponte de Abrantes, são mais 40 quilómetros de viagem. Os que optarem pela da Chamusca, demoram mais de uma hora" do que agora precisam para ali chegar.(DN)

Base Aérea Nº 5 comemora 50º Aniversário

No âmbito das comemorações do 50º Aniversário da Base Aérea Nº 5, em Monte Real, decorreram entre os dias 21 e 26 de Julho diversas iniciativas. Dentre elas destaca-se a Feira Aeronáutica que teve lugar em vários pontos centrais da Cidade de Leiria.

Patentes nas Praças Rodrigues Lobo, Goa, Damão e Diu estiveram uma aeronave F 16, uma viatura APC Condor, um stand do Centro de Psicologia da Força Aérea e do Centro de Medicina Aeronáutica, bem como uma exposição fotográfica e ainda um parque de demonstrações cinotécnicas.

Simultaneamente, nos dias 22 e 26 de Julho, a Base Aérea Nº 5 esteve aberta ao público. No dia 22, esta Unidade da Força Aérea recebeu 75 spotters e cerca de 5000 visitantes que, apesar das condições meteorológicas que se fizeram sentir, puderam visitar a exposição estática de aeronaves, de modelismo e de aeromodelismo, bem como assistir a diversas demonstrações aéreas.

No dia 26 de Julho, dia de Base Aberta, a afluência do público foi enorme, tendo entrado na Porta de Armas da Base de Monte Real cerca de 15 600 pessoas. Um vez mais, estes visitantes puderam apreciar as aeronaves expostas, os vários modelos e aeromodelos. Neste dia os muitos visitantes puderam ainda assistir a uma imagem única nos céus de Portugal. Pela primeira vez foram postos a voar em formação os 22 F16 da Força Aérea Portuguesa.

A apresentação de uma demonstração cinotécnica atraiu a atenção de cerca de 2000 visitantes e a viatura CONDOR posta à disposição do público efectuou 46 deslocações, tendo transportado um total de 552 visitantes.

Concluídas as comemorações, fica a satisfação da adesão do público que celebrou com a Base Aérea Nº 5 e com a Força Aérea Portuguesa o 50º Aniversário desta Unidade. Num total, entre todas as actividades que marcaram a data, 37 675 pessoas uniram-se a estas celebrações. (FAP)