22 de outubro de 2014

Comandante Alpoim Calvão: Oficial português mais condecorado

Não entendo a polémica criada em torno das homenagens prestadas pela Marinha ao Comandante Alpoim Calvão. Afinal, ele era o oficial português mais condecorado, e suponho que a Torre e Espada, só por si, justifica especiais homenagens militares.

E o que fez ele de errado? Quando o 25 de Abril vacilava por caminhos ínvios, seguiu Spínola, numa rota discutível. Mas como Marcelo Rebelo de Sousa lembrou na sua última crónica dominical, Spínola acabou reintegrado nas Forças Armadas portuguesas, e até foi promovido a marechal, ao que julgo, por proposta de Mário Soares.

Alpoim foi igualmente reintegrado nas Forças Armadas (mal seria se Spínola, bem por cima dele, o fosse, e ele não), e até recebido com carinho na Guiné, onde mantinha ultimamente negócios, e onde lutou bravamente do lado português na Guerra Colonial (o que, na altura, não se pode dizer que fosse crime). Talvez não tivesse feitio para a promoção a almirante. Mas as homenagens como herói nacional reconhecido por inúmeras condecorações – essas merecia-as com certeza. Além do mais, comandou a última operação ofensiva do Exército português, na Guiné Gonakri, pais que esteve sob o seu domínio, e operação considerada perfeita na forma como atingiu, e até superou, os objectivos militares estabelecidos. (Sol)

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