23 de outubro de 2014

F-16 da Força Aérea Portuguesa expulsaram um avião-espião russo que tinha penetrado no espaço aéreo da NATO

Segundo os dados hoje divulgados pelo quartel-militar aliado (SHAPE), um Ilyushin IL-20 (antigo bombardeiro actualmente convertido em avião especializado para a recolha de dados) descolou esta manhã do enclave russo de Kaliningrado (antiga Prússia Oriental alemã) e dirigiu-se para o espaço aéreo da Dinamarca.

O velho aparelho – datado de 1948 - foi rapidamente detectado pelos radares da NATO, tendo sido dada ordem de levantar voo aos caças dinamarqueses e portugueses que fazem parte da missão de patrulha do Báltico, de modo a “identificar a aeronave e manter a segurança do espaço aéreo da Aliança”, indica o SHAPE em comunicado.

A NATO indica que o avião foi interceptado em primeiro lugar por caças F-16 dinamarqueses, tendo então voltado para Norte, na direcção da Suécia. A Força Aérea Sueca levantou então os seus aparelhos para o interceptar, mas o IL-20 voltou a mudar de rumo para o Sul, onde encontrou os aviões de combate portugueses, que o seguiram pouco antes deste entrar no espaço aéreo da Estónia.

“O avião russo entrou no espaço aéreo estoniano perto da ilha de Saaremaa durante menos de um minuto, o que representa uma incursão de 600 metros no espaço aéreo da NATO”, afirma o SHAPE.

Os caças portugueses aproximaram-se então o suficiente do IL-20 para poderem estabelecer contacto visual, tendo então escoltado o avião russo até que este estivesse fora do espaço aéreo da Aliança, precisa o quartel-general aliado.

As incursões de aviões russos no Báltico são uma ocorrência frequente, tendo a NATO estabelecido uma força de patrulha aérea no início deste ano na zona, devido aos receios dos Estados Bálticos de que poderiam ser alvo de uma agressão militar russa, depois de forças russas terem ocupado a Crimeia à Ucrânia e terem sido detectadas a apoiar os insurgentes pró-russos que tomaram o controlo das capitais das duas províncias mais a leste deste país. (Económico)

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