25 de novembro de 2015

Forte de Nossa Senhora da Graça reabre portas esta sexta-feira

Em 1763 foram precisos quase "30 anos, seis mil homens, quatro mil animais e 120 mil moedas de ouro" para erguer o Forte de Nossa Senhora da Graça, em Elvas, recorda o historiador Rui Jesuíno. Em 2015, foram precisos quase 11 meses, 220 trabalhadores a tempo inteiro e 6,1 milhões de euros para o restaurar e reabilitar a tempo de, na próxima sexta-feira, dia 27, reabrir as suas portas ao público. E, ao que ali poderá então ser visitado, a UNESCO chama Património Mundial da Humanidade desde 2012. Ano em a Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações (entre elas os fortes da Graça e de Santa Luzia) obtiveram tal classificação.

Concebido pelo Conde de Lippe (Friedrich Wilhelm Ernst Von Shaumburg-Lippe), um alemão convidado por Marquês de Pombal a reorganizar o exército português, o enorme forte foi primeiramente construído para proteger a cidade dos espanhóis que, durante a Guerra da Restauração (1641-1668) ali construíram uma fortificação no âmbito do cerco das Linhas de Elvas. A zona onde o forte viria a ser construído representava, por isso, um lugar através do qual a cidade poderia facilmente ser bombardeada.

Financiada pelo imposto que Marquês de Pombal e o rei D. José I criaram - 4% sobre as mercadorias que entravam no porto de Lisboa, o mesmo que pagou a conclusão da Praça do Comércio, em Lisboa - a construção foi concluída em 1792 e inaugurada, então com o nome de Forte de Lippe, pela rainha D. Maria I.  (DN)

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