31 de março de 2015

Governo tem projectos para mais 52 esquadras

O secretário de Estado Adjunto da Ministra da Administração Interna festa esta terça-feira um balanço das esquadras concluídas nesta legislatura e anunciou que há novos projectos na manga. Até agora, sob a alçada do actual Governo, foram finalizadas instalações para 35 esquadras, estando «em curso ou prestes a iniciar-se» trabalhos para mais 52.

Fernando Alexandre falava durante a inauguração das novas instalações da PSP de Santo Tirso, distrito do Porto, tendo descrito que encontrou «autênticos pardieiros» quando deu início ao plano de reestruturação dos espaços das forças de segurança, cita a Lusa.

«Pode-se não gostar do termo, mas a verdade é que existem esquadras de milhões de euros a conviver ao lado, a poucos metros, com autênticos pardieiros (…). É preciso identificar as necessidades e decidir bem»

Fernando Alexandre apontou que o investimento alocado a este plano ronda os 60 milhões de euros, o que significa uma média de 700 mil euros por instalação, vincando que quando chegou ao ministério «os preços de referência eram de quase o dobro».

Já à margem da sessão, Fernando Alexandre disse que tanto no Comando Metropolitano de Lisboa, como no do Porto existia um número «muito pulverizado de esquadras».

«Não acrescentavam segurança aos cidadãos e acabam por resultar numa dispersão de meios que não ficam disponíveis». O processo de fecho de esquadras «está a ser feito de forma conjugada com a abertura de outras instalações».

Segundo Fernando Alexandre, até à data fecharam 11 esquadras no Porto e seis em Lisboa. Relativamente ao Porto com esta reorganização foi possível colocar «mais de 400 polícias no patrulhamento» que antes estavam «fechados» sem poder intervir.

Durante a sua intervenção, o secretário de Estado avançou que estão em projecto, fase de finalização de instalação ou alargamento/ampliação, no que se refere ao Porto, as esquadras de Cedofeita, rua Júlio Dinis e rua António Carneiro, bem como, Matosinhos e numa freguesia deste concelho, S. Mamede de Infesta.

Questionado, também à margem da cerimónia, sobre se o ministério prevê fechar mais esquadras, Fernando Alexandre preferiu vincar que «as reformas são um trabalho que tem de se ir fazendo» e acrescentou que «os dispositivos não ficam imutáveis».

Sobre as exigências tanto da PSP como da GNR de que sejam integrados mais efectivos, o governante garantiu que existe «efectivo suficiente», embora compreenda que «para quem está no terreno ele é sempre curto».

Nas instalações inauguradas hoje em Santo Tirso, que servirão mais de 24 mil habitantes, ao longo de cerca de 26 quilómetros quadrados, vão trabalhar 50 operacionais, mas o presidente da câmara local, Joaquim Couto, aproveitou para pedir ao Governo que «alargue o âmbito de competências da esquadra».

O autarca defendeu que as novas instalações - que resultam da reconversão e reabilitação da antiga cadeia municipal, localizada em S. Bento da Batalha, num investimento de perto de um milhão de euros - «têm condições» para «quem sabe estar ao dispor de municípios vizinhos».

Aos jornalistas, em resposta ao repto de Joaquim Couto, o secretário de Estado disse que «essa é uma situação que a PSP deverá avaliar e propor à tutela». (TVI)

Chefes militares no parlamento para explicarem aquisição do navio Siroco

A Comissão Parlamentar de Defesa aprovou hoje, por unanimidade, um requerimento da maioria PSD/CDS para a audição dos chefes de Estado Maior das Forças Armadas e da Armada sobre a aquisição do navio polivalente logístico Siroco.

Após a votação, o presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, o social-democrata José Matos Correia, adiantou que procurará que se realize conjuntamente a audição dos dois chefes militares, general Artur Pina Monteiro e almirante Luís Macieira Fragoso, sobre a aquisição pelo Estado Português, por 80 milhões de euros, de um navio polivalente logístico.

Na apresentação do requerimento, o deputado do PSD André Pardal alegou que os dois chefes militares estão em melhor posição para explicarem as vantagens operacionais e estratégicas relativas à aquisição do navio polivalente logístico, que poderá ter como contrapartida para o financiamento da sua aquisição a suspensão do processo de modernização de duas fragatas.

Apesar de não se ter oposto à audição proposta pela maioria PSD/CDS, o vice-presidente da bancada socialista Marcos Perestrello manifestou-se "estupefacto" com a iniciativa, alegando que o Governo "está a negociar um navio à margem da lei" e que se pretende agora que os chefes militares "venham dar esclarecimentos sobre a utilidade do navio".

"A própria maioria PSD/CDS, pelos vistos, ainda não está convencida sobre a necessidade de aquisição do navio", comentou.

Marcos Perestrello sustentou a este propósito que as aquisições militares fazem-se de acordo com o estabelecido na Lei de Programação Militar (LPM) - e a lei que está a ser discutida e aprovada na Assembleia da República não prevê esse equipamento".

A votação final da LPM, cuja aprovação requer maioria absoluta de votos favoráveis por parte dos deputados (116 em 230), esteve prevista para a sexta-feira passada, em plenário, mas acabou por ser adiada.

O dirigente socialista levantou ainda dúvidas se a aquisição do navio Siroco se deve fazer com base exclusivamente em contrapartidas no equipamento da Armada.

"Se o navio polivalente é de grande utilidade para todos os ramos das Forças Armadas, vale a pena discutir se deve ser só com contrapartidas da Marinha que o seu financiamento deve ser discutido. Esta discussão deveria ter lugar no âmbito do debate da LPM, que está a decorrer no parlamento", referiu.

Já a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Aiveca disse concordar com a necessidade de mais esclarecimentos sobre a aquisição do navio, com a correspondente contrapartida da suspensão da modernização de duas fragatas.

Também hoje, durante um debate no Palácio da Ordem de Malta, em Lisboa, o chefe do Estado-Maior da Armada afirmou que a Marinha Portuguesa "terá de ter engenho e arte" para receber o navio Siroco, salientando que em 2015 "não existe orçamento previsto" para as despesas relativas à sua integração.

"Caso esta aquisição se concretizar [navio Siroco], a Marinha terá de ter o engenho e a arte para receber um navio cuja guarnição oscilará entre os 100 e os 230 elementos em função da missão em permanência e para o qual não existe orçamento previsto em 2015 para as despesas relativas à sua integração", disse o almirante Luís Macieira Fragoso.
(RTP)

CONCURSO DE ADMISSÃO AO 44.º CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS DO QP DO EXÉRCITO

Nos termos do Aviso n.º 3 123/2015, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 59, de 25 de Março, pelo prazo de 20 dias úteis, contados desde a data da publicação do aviso em DR, encontra-se aberto o concurso de admissão ao 44.º curso de formação de Sargentos do Exército (áreas A, B e C), o qual se rege pelas normas aprovadas por despacho de 09 de Fevereiro de 2015 de S. Exa. o Chefe do Estado-Maior do Exército, publicadas como anexo ao respectivo diploma. (Exército)

30 de março de 2015

FORÇA MILITAR PORTUGUESA PARTE PARA A LITUÂNIA EM MISSÃO DA NATO

Um grupo de 118 militares portugueses do Esquadrão de Reconhecimento do Regimento de Cavalaria 6 (Braga), parte do Aeródromo de Trânsito Nº1 (Figo Maduro), amanhã, dia 31 de Março, pelas 09h00 (locais), a bordo de uma aeronave civil, com destino a Vilnius, capital da República da Lituânia.

Portugal participa, de Abril a Julho de 2015, com um Esquadrão de Reconhecimento (ERec) no quadro das medidas de tranquilização da NATO no flanco Leste da sua área de responsabilidade, com a finalidade de contribuir para o reforço da presença de forças terrestres de nações aliadas.

A participação nacional neste contexto decorrerá na Lituânia, onde o ERec vai participar em exercícios e acções de treino multinacionais com forças de outros países da Aliança.

A Força Nacional Destacada, constituída por 140 militares, está equipada com Viaturas Blindadas de Rodas PANDUR II e é comandada pelo Major de Cavalaria Pedro Miguel Tavares Cabral.

Estarão presentes à partida, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Artur Pina Monteiro e o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Carlos Hernandez Jerónimo.(Emgfa)

GENERAL PINA MONTEIRO PARTICIPA EM CONFERÊNCIA INÉDITA NAS NAÇÕES UNIDAS

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), General Artur Pina Monteiro participou, no dia 27 de Março de 2015, na primeira conferência de Chefes Militares, na sede das Nações Unidas, Nova Iorque, a convite do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon.

Estiveram presentes 426 militares de 120 nações, 107 dos quais eram chefes militares.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas afirmou na intervenção inicial, que a organização está em processo de mudança devido à actual situação internacional e que as novas ameaças à paz constituem um verdadeiro desafio ao empenhamento das Forças Armadas de todo o mundo, sendo necessário aumentar a contribuição e a rapidez de projecção dos meios militares na resolução dos vários conflitos, estando ciente que esta questão passa pela vontade e decisão política dos Estados. Referiu ainda que estão a decorrer 16 operações de manutenção de paz lideradas pelas Nações Unidas, onde participam cerca de 130.000 militares, policias e civis de várias nações.

No final da conferência, o General CEMGFA, foi convidado a dar uma entrevista à Rádio ONU onde referiu que o evento inédito é um "momento histórico" e "muito necessário", que traduz o reconhecimento da importância das Forças Armadas na condução das operações de apoio à paz, sob a égide das Nações Unidas, que apresentam hoje maiores riscos, exigindo por isso novos requisitos para as forças militares.

Ainda durante a estada em Nova Iorque, o General Pina Monteiro teve oportunidade de ser recebido em audiência pelo Embaixador de Portugal junto das Nações Unidas, Embaixador Mendonça e Moura.

No quadro das Nações Unidas, Portugal participa actualmente no Mali, com uma aeronave C-130H e 45 militares; no Afeganistão, onde tem desde 2008 um militar no cargo de conselheiro militar; e na Guiné-Bissau, onde participa com um militar.

Desde 1991 até à actualidade, participaram em missões das Nações Unidas cerca de 9500 militares portugueses.
Emgfa

As comemorações oficiais do Dia de Portugal 2015 vão ser em Lamego

A Câmara de Lamego considerou hoje que a escolha da cidade para sede das comemorações oficiais do Dia de Portugal é o reconhecimento do contributo do interior para "a preservação do espírito e da identidade do povo português".

"O Presidente da República assinou hoje um despacho designando a cidade de Lamego como sede, no ano de 2015, das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas", lê-se numa nota divulgada na página electrónica da Presidência da República.
Em comunicado, a autarquia agradece ao Presidente da República "pela honra e distinção que confere à cidade de Lamego", que receberá a cerimónia "com o sentimento do regresso ao início da Portugalidade e ao simbólico ato seminal das primeiras cortes, como reza a tradição, reunidas na Igreja de Almacave por D. Afonso Henriques, em Agosto de 1143".

"Desde esses tempos, somos um povo forte e orgulhoso. Corre-nos nas veias o património genético dos povos guerreiros que aqui passaram, viveram e deixaram marcas de poder. Construíram esta nobre cidade, ajudaram à fundação da nacionalidade e moldaram uma região bafejada pelos privilégios da natureza e pela obra do Homem", acrescenta.

A Câmara garante que a população e as instituições de Lamego e do Douro "estarão à altura deste desafio", que espera venha a ser "um momento de especial visibilidade da realidade económica, social e cultural da região", da sua "fidalguia e hospitalidade" e das suas "imensas capacidades e múltiplas potencialidades".

"Todos os lamecenses saberão fazer deste momento especial de exaltação dos valores do patriotismo e da união entre todos os portugueses espalhados pelo mundo um momento de afirmação da vontade e determinação que, ao longo da história multi milenar da nossa cidade, foi apanágio dos nossos antepassados", refere.

O orgulho dos lamecenses na sua história, no seu património e nas suas instituições (como a Diocese de Lamego e o Centro de Tropas e Operações Especiais), "será o fermento que envolverá toda a população na realização deste evento, na celebração da nossa identidade e na rejeição do pessimismo que tantas vezes nos paralisa", acrescenta.

A autarquia lembra que foi no Centro de Tropas de Operações Especiais que "milhares de portugueses aprenderam a amar e honrar a pátria" e de onde saíram "para defender a liberdade e a independência nacional".

"Aceitamos esta distinção como um desafio colectivo de afirmação do interior e de confiança no futuro, firmados no sinal de vontade e empenhamento que sua excelência o Presidente da República nos transmite", sublinha.

Esta é a primeira vez que Lamego é "palco" do 10 de Junho, no último ano em que Cavaco Silva presidirá às comemorações, visto que o seu mandato como Presidente da República termina em Março de 2016.

Por outro lado, será a quarta vez que Cavaco Silva designa uma cidade do interior para sede do Dia de Portugal, depois de no ano passado ter escolhido a Guarda, em 2013 Elvas e em 2011 ter optado por Castelo Branco. (RTP)

EXÉRCITO NA QUALIFIC@

O Exército vai participar na Qualific@ - Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, organizada pela Exponor, de 09 a 12 de Abril.

À imagem do que tem acontecido em anos anteriores, o Exército integrará conjuntamente com a Marinha e Força Aérea, o stand do Ministério da Defesa Nacional.

A Qualific@ constitui-se, pela sua dimensão e abrangência, numa excelente oportunidade para o Exército divulgar junto da população civil, os seus meios, capacidades e actividades, com especial destaque para a sensibilização dos jovens portugueses para as temáticas ligadas à defesa nacional.

O Exército terá ao teu dispor um conjunto significativo de recursos humanos e materiais, dos quais destacamos:

· Torre multiactividades – escalada e rappel;

· Viaturas de combate;

· Material/equipamento/armamento utilizado pelas Tropas Especiais: Comandos, Operações Especiais e Para-quedistas;

· Material/equipamento/armamento de Artilharia, Transmissões e Engenharia;

· Equipas de militares para operarem e demonstrarem os equipamentos expostos e para esclarecimento de dúvidas.

Quatro dias repletos de actividades e inovação onde poderás ver de perto alguns dos meios utilizados pelo Exército, manusear o armamento, colocar um para-quedas, entrar nas viaturas militares, subir a torre de escalada e ainda falar connosco.

Levanta-te do sofá e visita-nos. Quem sabe se o teu futuro não passa por aqui? (Exército)

EFEMÉRIDE -INÍCIO DA TRAVESSIA AÉREA DO ATLÂNTICO DO HIDROAVIÃO NAVAL

A dia 30 de Março de 1922, teve início a viagem aérea Lisboa-Rio de Janeiro num hidroavião Naval pilotado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho. (MGP)

29 de março de 2015

Exército iraquiano prestes a reconquistar Tikrit ao Estado Islâmico

Depois de semanas de ofensiva, as tropas de Bagdade estão às portas da cidade natal de Sadam Hussein, e poderão entrar, nas próximas horas, no centro de Tikrit.

Na fase decisiva desta batalha, as forças iraquianas tiveram pela primeira vez apoio aéreo dos Estados Unidos que bombardeou, nos últimos dias, alvos jihadistas na área.


Do lado das forças governamentais e das milícias xiitas iraquianas, está também o Irão que
tem dado aconselhamento militar. (Sic)

28 de março de 2015

HORA DE VERÃO 2015

Portugal continental
Em conformidade com a legislação, a hora legal em Portugal continental:
  • será adiantada  60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 29 de Março.
Região Autónoma da Madeira
Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma da Madeira:
  • será adiantada  60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 29 de Março.
Região Autónoma dos Açores
Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma dos Açores:
  • será adiantada  60 minutos às 0 horas de tempo legal (1 hora UTC) do dia 29 de Março.  (OAL)

“LOBOS” PORTUGUESES VOAM NO CÉU DE ANGOLA

A Esquadra 601 "LOBOS" da Força Aérea Portuguesa, realizou no dia 26 de Março de 2015 e no âmbito da cooperação técnico-militar com Países de Língua Portuguesa, uma missão de reconhecimento e vigilância da zona económica exclusiva da República de Angola.

A bordo foram transportados vários militares das Forças Armadas de Angola, salientando-se o General Comandante da Força Aérea Nacional, General Francisco "Hanga", o Chefe do Estado-Maior da Marinha de Guerra Angolana, Almirante Francisco José, o Chefe da Direcção de Informações Militares Operativas, Tenente-General Fragoso "Iani", o Chefe da Direcção de Aviação, Tenente-General Carlos Bamby, o Chefe da Direcção de Operações, Tenente-General Cunha Pinto e o Chefe da Direcção de Ensino e Preparação Combativa, Tenente-General António Santiago.

No decorrer do voo houve ainda oportunidade para efectuar uma demonstração dos modernos sensores que equipam a aeronave P-3C Cup+.

A presença dos "LOBOS" da Força Aérea Portuguesa em Angola, tem por finalidade o reforço da cooperação técnico-militar entre as duas nações e a participação no Exercício OBANGAME EXPRESS 2015. (Emgfa)

NRP CACINE ABERTO A VISITAS EM LEÇA DA PALMEIRA

No âmbito da sua missão na Zona Marítima do Norte, o NRP Cacine irá abrir a visitas na marina de Leça da Palmeira, dia 29 de Março das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00. (MGP)

27 de março de 2015

Arábia Saudita ataca Iémen

A Arábia Saudita e sete países aliados lançaram ontem ataques aéreos sobre posições dos rebeldes Houthi no Iémen.

A ofensiva foi considerada uma declaração de guerra pelo movimento xiita e suscitou alertas do Irão, país aliado dos rebeldes.

Em reacção a este novo foco de crise, o petróleo subiu de imediato nos mercados mundiais.

Aviões sauditas bombardearam alvos em Sanaa, atingindo rampas lança-mísseis e aviões da Força Aérea iemenita que caíram nas mãos dos rebeldes.

Segundo testemunhas na capital, tomada em Setembro de 2014 pelos Houthi, os principais alvos foram o aeroporto internacional e uma base aérea próxima. O Irão pediu o fim imediato dos ataques, lembrando que violam a soberania do Iémen, e promete "fazer tudo para controlar a crise".

Por seu lado, o governo saudita alerta que "protegerá por todos os meios o governo legítimo do Iémen", derrubado em 2014 pelos rebeldes, que forçaram a fuga do presidente Abd-Rabbu Mansour. A ofensiva no Iémen tem apoio dos Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrain, Kowait, Jordânia, Marrocos, Sudão e Egipto.

A guerra fez disparar o preço do petróleo em mais de 3%, elevando a 58,7 dólares (54 euros) o valor do barril de Brent. (CM)

Reunião de chefes militares na ONU é "momento histórico"

O general Artur Pina Monteiro disse à agência Lusa que Ban Ki-moon deu no seu discurso "um sinal inequívoco da importância que as Forças Armadas de todo o mundo têm para a organização".

O CEMGFA disse que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) "afirmou que a situação internacional e as novas ameaças à paz são um desafio acrescido ao empenhamento das Forças Armadas de todo o mundo e que é necessária maior capacidade de projecção", explicou o responsável.

Nesse sentido, Pina Monteiro considerou este encontro, que reúne pela primeira vez mais de 100 dirigentes militares de todo o mundo, um "momento histórico" e "muito necessário".

"Existem requisitos que os novos desafios globais configuram", disse, referindo-se às novas formas de terrorismo, sobretudo o Estado Islâmico, e explicando que o encontro inclui ainda "debates muito centrados na natureza das operações" necessárias para combater estas ameaças.

Segundo a organização, o encontro tem como principal objectivo estabelecer uma plataforma de entendimento sobre as actuais operações de manutenção da paz.

A ONU, que não tem exército próprio, depende neste momento dos países do sul da Ásia e de África, que compõem os dez maiores contribuintes, para assegurar os 130 mil militares envolvidos nas suas 16 missões.

Com 9.446 homens e mulheres, o Bangladesh lidera a lista. Os Estados Unidos, por exemplo, apenas disponibilizam 119 militares, mas com 2.5 mil milhões de dólares anuais (cerca de 2.3 mil milhões de euros) são, de longe, o maior dador financeiro.

Portugal participa actualmente em três missões: no Mali, onde tem uma aeronave C-130H e 45 militares; no Afeganistão, onde tem desde 2008 um militar no cargo, de rotação anual, de conselheiro militar; e na Guiné-Bissau, onde participa com um militar do Exército, em regime 'Secondment'.

Pina Monteiro visitou o país lusófono há duas semanas e assegurou que Portugal pode alargar esta colaboração, ajudando o país num dos seus maiores objectivos: a reforma no sector de defesa e segurança.

"As Forças armadas portuguesas têm condições para apoiar esta reforma caso isso seja determinado" pelas autoridades do país e a pela missão da ONU, afirmou o responsável. (NM)

ESCLARECIMENTO SOBRE A EVENTUAL AQUISIÇÃO DO NPL SIROCO

Na sequência de notícias vindas a público onde se questiona a posição dos Chefes Militares, nomeadamente a do Chefe do Estado-Maior da Armada, perante a eventual aquisição do Navio Siroco, a Marinha esclarece o seguinte:

​A decisão de adquirir o Navio Polivalente Logístico (NPL) Siroco foi discutida em Conselho de Chefes de Estado-Maior tendo reunido o consenso da Marinha, do Exército e da Força Aérea.

Deste modo, o General Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas propôs a S.Exa o Ministro da Defesa Nacional a adequabilidade e a oportunidade da aquisição deste navio.

Este navio está a ser disponibilizado pela França, em 2ª mão, com 15 anos de operação, a um preço reduzido, face à aquisição de um novo, o que constitui uma oportunidade única no contexto internacional.

Desde 2006 que a aquisição de um navio deste tipo estava prevista como uma necessidade premente de modo a colmatar uma lacuna detectada no Sistema de Forças. Infelizmente os custos de um navio novo impossibilitaram, até agora, a sua aquisição, num momento de fortes restrições financeiras.

Também em 2006 foi prevista a necessidade de modernização das Fragatas da Marinha que constituem parte da Capacidade Oceânica de Superfície da componente naval, no Sistema de Forças.

A modernização das cinco fragatas foi planeada para ser implementada entre 2016 a 2022.

Face à enorme oportunidade da aquisição do NPL Siroco, foi considerado que a modernização das duas últimas fragatas, da classe Vasco da Gama, prevista decorrer entre 2018 a 2022, poderia vir a ser realizada noutros moldes, poupando dessa forma verbas que pudessem ser usadas para a aquisição do NPL Siroco.

Estas duas últimas fragatas sofreriam uma modernização em moldes diferentes que permitissem a sua utilização em cenários de baixa e média intensidade sem comprometer os compromissos nacionais na NATO, mantendo-as totalmente operacionais. Aliás a Marinha está a preparar um documento, a ser submetido ao MDN, em que considera ser possível incluir nesta modernização a Indústria de Defesa Nacional com vantagens para o desenvolvimento deste sector e capacidade nacional, recorrendo a novos sensores e software portugueses.

Também foi unânime, no Conselho de Chefes, que a configuração proposta para a Esquadra com a aquisição do NPL Siroco é mais equilibrada, mais polivalente e flexível, respondendo a um leque muito mais alargado de missões e contribuindo para uma valorização da Marinha no seio das nossas alianças militares. As Forças Armadas Portuguesas passam assim a ter uma capacidade que nunca antes tiveram que lhes conferirá uma mobilidade acrescida, autonomia e capacidade para atuar em terra, a partir do mar num raio alargado de Acção.

Este Navio vem colmatar não só uma lacuna militar antiga, fortemente sentida na crise da evacuação de portugueses de áreas de instabilidade político-militar no fim da década de 90, como também garantir uma capacidade autónoma de intervenção, rápida e disponível no país, na protecção civil para os arquipélagos da Madeira e Açores em caso de catástrofes, ou calamidades públicas. (MGP)

Postos da GNR podem fechar por falta de efectivos

O comandante da GNR de Castelo Branco, Oliveira Gonçalves, disse à agência Lusa que oito ou nove dos 31 postos territoriais existentes no distrito podem encerrar e que os efectivos serão concentrados em outros.

«As propostas vão no sentido de encerrar oito ou nove postos e concentrar [os efectivos] em outros. É uma proposta nossa, bem estudada, mas ainda não há prazos» para a concretizar, disse Oliveira Gonçalves.

O comandante do Comando Territorial da GNR de Castelo Branco que falava à margem da cerimónia do Dia da Unidade, explicou ainda que actualmente existem 31 postos territoriais em todo o distrito e adiantou que gostaria de os manter ou ter ainda mais se houvesse efectivos para isso.

«Como isso não acontece e considerando a nossa realidade, os efectivos actuais e perspectivas futuras, penso que a melhor forma de servir as pessoas é concentrar mais efectivos. Não tem sido viável, isso é uma decisão sobretudo política, a mim compete-me fazer propostas», adiantou.

Neste sentido, Oliveira Gonçalves sublinhou que seria «muito vantajoso» que em vez de haver postos territoriais com dois ou cinco elementos, estes fossem concentrados em outros postos.

«São números [de efectivos] que manifestamente não permitem cumprir a missão da GNR. Então, entendemos que seria preferível concentrar os meios em alguns postos, passando pelo encerramento de outros ou, pelo menos, passarem a simples postos de atendimento», disse o comandante da GNR de Castelo Branco.

Contudo, Oliveira Gonçalves adiantou que essa decisão, que ainda não tem datas ou prazos definidos, «passará sempre por um diálogo com os autarcas e com os cidadãos».

«Se formos suficientemente competentes para explicar isto aos cidadãos, eles compreenderão que são melhor servidos porque o pessoal em vez de estar a guardar o próprio posto, estará na rua a servi-los», concluiu em declarações à Lusa. (TVI24)

Esquadra da PSP no Palácio Folgosa espera inauguração

A esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Palácio Folgosa, em Lisboa, cujas obras se iniciaram em 2011, "encontra-se concluída e será inaugurada nas próximas semanas", informou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).

O Palácio Folgosa, na Rua da Palma, foi cedido pela Câmara de Lisboa ao MAI, no âmbito de um protocolo assinado em 2005, mas as obras só começaram em 2011 e terminaram este ano, após um investimento de 3,3 milhões de euros.

"Os trabalhos estiveram suspensos cerca de um ano e meio, em virtude de terem sido encontrados objectos, no decorrer das escavações, que aparentavam ter valor arqueológico. Apesar de tal não se ter confirmado, também se verificou a necessidade de fazer alterações ao projeto, relacionadas com características do terreno em que o edifício se encontra implantado", segundo o MAI, em informações escritas enviadas à agência Lusa.

O MAI indicou, também, que em Fevereiro deste ano foram desactivadas as esquadras de Santa Marta e da Mouraria, que vão estar concentradas no Palácio Folgosa. O mesmo espaço vai alojar a sede da primeira divisão da PSP -- actualmente localizada na Rua Gomes Freire --, transferência que "está a decorrer", de acordo com o Ministério.

No início do ano passado, o Governo iniciou a reorganização do dispositivo policial em Lisboa (e também no Porto), que se pretende traduzir numa "racionalização das instalações e num aumento significativo da presença e visibilidade da polícia" nas ruas, mais concretamente de 267 elementos na capital (19% do efectivo total).

Em Maio do mesmo ano, foi aprovada em reunião camarária a proposta que prevê o encerramento de 14 esquadras e a construção de outras seis em Lisboa.

Até ao momento, acrescentou o MAI, já foram desactivadas as esquadras da Boavista, Rossio e Bela Vista (a 05 de maio de 2014) e a do Alto do Lumiar (no dia 30 do mesmo mês). Neste último local, mantém-se a Divisão de Trânsito.

Foi ainda desactivada, em Setembro do ano passado, a esquadra de Santa Apolónia, onde ainda funciona um posto de atendimento aos turistas. Depois de concluídas as obras em curso, passarão a estar também neste local alguns serviços da Divisão de Segurança a Transportes Públicos do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, acrescentou o MAI.

Anteriormente, em Dezembro de 2013, tinha sido inaugurada a esquadra da Rua da Prata, que substituiu a da Praça do Comércio.

Além destas esquadras, está ainda "a ser elaborado o projecto de execução da nova esquadra de Marvila, prevendo-se que o lançamento do concurso para a empreitada ocorra em maio", adiantou o MAI na informação transmitida à Lusa.

Esta esquadra vai agregar as esquadras do Bairro do Condado e da zona J de Chelas, que serão posteriormente desactivadas.

Incluídas na reorganização policial estão também as três esquadras da freguesia de Carnide. Segundo o MAI, "encontram-se a ser desenvolvidos os trabalhos técnicos para instalação de uma nova esquadra [na zona], que agregará as que existem actualmente, juntamente com a Divisão de Investigação Criminal, sita no Porto de Lisboa".

"Esta opção permitirá um reforço muito significativo do número de polícias na área de Carnide, Horta Nova e Bairro Padre Cruz, passando a operar 333 polícias naquela área de Lisboa", sublinhou o Ministério. (NM)

DIA DO REGIMENTO DE INFANTARIA Nº19 E EVOCAÇÃO DO CENTENÁRIO DA GRANDE GUERRA

No âmbito das comemorações do 206º Aniversário do Regimento de Infantaria nº 19 (RI19) e no contexto da Evocação do Centenário da Grande Guerra realizou-se em Chaves, no Auditório do Centro Cultural, em 20 de Março, uma conferência subordinada ao tema “ORIGENS DA GRANDE GUERRA” e “A RAZÃO SUBTIL DA BELIGERÂNCIA PORTUGUESA”, tendo como conferencistas convidados os Exmos. Senhores Coronel David Martelo e Coronel Luís Fraga.

O evento contou com o apoio activo de todas as Câmaras Municipais do Alto Tâmega, Chaves, Boticas, Montalegre, Valpaços, Ribeira de Pena e Vila Pouca de Aguiar. Estiveram presentes diversas altas entidades, civis e militares.

Após umas breves palavras iniciais do Comandante do RI19, entoou-se o Hino Nacional, interpretado pelo Coro dos alunos do Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins, que terminaram a actuação com o Cântico do “Avé Maria” e “Marcha de Chaves” em homenagem a todos os Bravos Combatentes do Alto Tâmega que participaram na 1ª Guerra Mundial.

Integrado nas festividades do Dia da Unidade e Centenário da Grande Guerra, o RI19, com o apoio da Direcção de História e Cultura Militar, da Liga dos Combatentes e da Câmara Municipal de Chaves, apresentou em 23 de Março, ao público Flaviense, a exposição evocativa intitulada “ 100 Anos Depois – Recordar”, destacando-se a presença do Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Arqº António Cabeleira e o Presidente da Assembleia Municipal de Chaves, Prof Francisco Viegas.

A exposição integra algum armamento, equipamento e fardamento utilizados na 1ª Grande Guerra.

Contra-almirante português vai comandar a SNMG 1

O contra-almirante Silvestre Correia vai comandar a "Standing NATO Maritime Group 1", entre Junho e Dezembro deste ano, a força naval da organização no combate à pirataria no Índico, que será liderada pela fragata Dom Francisco de Almeida.

O porta-voz da Marinha adiantou à agência Lusa que a fragata portuguesa será o navio chefe desta força da Aliança Atlântica durante o segundo semestre de 2015.

Segundo um decreto do Presidente da República publicado hoje em Diário da República, o contra-almirante Alberto Silvestre Correia irá assumir as funções de comandante desta força entre 07 de Junho e 20 de Dezembro.

Licenciado em Ciências Militares Navais, o contra-almirante Silvestre Correia já foi comandante da Esquadrilha de Escoltas Oceânicos e também da Força de Reacção Imediata. (RTP)

CADETES DA ESCOLA NAVAL REALIZAM EXERCÍCIO TRÓIA 2015

Durante o exercício está prevista a realização de uma simulação de Ajuda Humanitária, onde serão testados os ensinamentos adquiridos nas áreas da instrução militar, da liderança, da educação física aplicada, táctica e formação marinheira, provas de progressão no terreno, exercícios de tiro com armamento portátil na carreira de tiro de Pinheiro da Cruz e uma prova de progressão em meio aquático, com recurso à utilização de botes a remos entre a Murta e o Ponto de Apoio Naval em Tróia. O exercício termina com a realização de uma marcha militar entre a praia da Comporta e a praia da Raposa (Pinheiro da Cruz).

Esta acção tem como objectivos proporcionar aos cadetes, futuros oficiais da Marinha, a oportunidade de consolidarem valores da formação militar, nomeadamente a capacidade de liderança, o sentido de camaradagem, capacidade de organização e o trabalho em grupo.

Neste exercício participam 156 cadetes da Escola Naval, 2 cadetes convidados da Escuela Naval Militar – Espanha, e 2 cadetes da Marineschule Murwik – Alemanha, a par com 6 cadetes/alunos dos Estabelecimentos de Ensino Superior Militares, nomeadamente 2 cadetes da Academia Militar, 2 cadetes da Academia da Força Aérea e 2 alunos do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna. (MGP)

NOBRE CASA DE CIDADANIA HOMENAGEIA CIDADÃOS PELA PRÁTICA DE ACTOS NOBRES

Augusto Neves de Sousa, Domingos Silva, Maria do Céu da Conceição, Maria Gabriel Sousa e Hélder José Pereira foram os cidadãos que se evidenciaram este ano entre os louvores atribuídos, e que receberam pelas mãos da Comissão de Honra da Nobre Casa de Cidadania, o título de Cidadão Nobre.


Estes cinco cidadãos foram assim reconhecidos por terem praticado actos de excepcional nobreza, em benefício de terceiros e ausentes de qualquer interesse pessoal, numa cerimónia emotiva que reuniu no sábado, 21 de Março, no Museu da Marinha, em Lisboa, cerca de 70 pessoas.

Esta cerimónia contou também com a presença de outros cidadãos agraciados e respectivas famílias, representantes do Conselho Institucional e personalidade distintas pertencentes à sociedade portuguesa, como o Júlio Isidro ou Rosário Farmhouse. Ajudar cidadãos com deficiência e jovens em risco, fundar uma instituição, dedicar a própria vida em prol dos ouros, transformar sofrimento em sorrisos e entrar numa casa em chamas foram os Actos Nobres que se evidenciaram e que revelam valores de integridade, honra e humanidade.

Os Actos dos cidadãos agora homenageados com o Título Cidadão Nobre são exemplo de uma sociedade humana, e inspiradora, da qual fazem parte cidadãos exemplares, que sem hesitar, de forma determinada e altruísta fizeram a diferença ao encher de esperança a vida de quem se cruzou no seu caminho.

“A Nobre Casa de Cidadania, em conjunto com todos os seus parceiros, percorreu um longo caminho. Juntos continuaremos esta missão em prol de uma Cidadania mais participada, em prol de um Portugal mais solidário”, afirma Rosário Farmhouse, membro da Comissão de Honra da Nobre Casa de Cidadania.

Em 2015, a Nobre Casa de Cidadania irá continuar a receber propostas para agraciação, em www.nobrecasadecidadania.pt, de cidadãos que queiram ver alguém reconhecido por um ato praticado e que considerem ser nobre. Numa primeira fase, a selecção dos Actos a agraciar é feita pelo Conselho Institucional da Nobre Casa de Cidadania, do qual fazem parte a Autoridade Nacional para a Protecção Civil, o Corpo Nacional de Escutas, a Direcção Geral de Educação, o Estado-Maior-General das Forças Armadas, a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a GRACE, o INEM, a Liga dos Bombeiros Portugueses, a Plataforma Portuguesa das ONG’s para o Desenvolvimento e a Polícia de Segurança Pública. Sendo, numa segunda fase, requerida a intervenção da Comissão de Honra, à qual pertencem personalidades distintas da sociedade portuguesa como o Professor António Barros Cardoso, o Professor Daniel Serrão, o General Loureiro dos Santos, Júlio Isidro, Manuel Sérgio, o Padre Vitor Melícias, Pedro Bacelar de Vasconcelos e Rosário Farmhouse.

A Nobre Casa de Cidadania surgiu sob a mentoria da empresa cidadã Nobre que identificou a necessidade e a oportunidade de reconhecer e homenagear estes actos, de forma a transmitir às actuais e novas gerações o verdadeiro valor e significado de nobreza e cidadania.

Descubra os motivos que levaram a Nobre Casa de Cidadania a atribuir o título Cidadão Nobre a estes cidadãos.

#1 Augusto Neves de Sousa

(…) pela autoria do Acto Nobre de ajudar diariamente cidadãos com deficiência e crianças e jovens em risco na Associação Rumo e na Nós – Associação de Pais e Técnicos para Integração do Deficiente, no Barreiro, facilitando o acesso de pessoas com deficiência ao mercado de trabalho. Um Acto Nobre que pratica diariamente desde 1978 e que inspira os seus pares, pela extrema dedicação, perseverança e disponibilidade.

#2 Domingos Silva

(…) pela autoria do Acto Nobre de prestar diariamente apoio a mais de 50 pessoas que, tal como ele, vêem apenas com o coração. Com determinação e coragem, fundou, em 1996, a Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga com o objectivo de ensinar a enfrentar os desafios com positivismo, vivendo integrados e activos nas suas comunidades e sempre com um sorriso. Um Ato Nobre que é em simultâneo um exemplo de vida, força de carácter e resiliência.

#3 Maria do Céu da Conceição

(…) pela autoria do Acto Nobre de ter colocado a sua vida em segundo plano para que outros pudessem viver as suas de forma mais digna, em Dhaka, Bangladesh. A Fundação Maria Cristina gere uma pequena comunidade, com estruturas que permitiram retirar das favelas cerca de 600 crianças e 40 famílias. Um Acto Nobre que reflecte uma vida de empenho e dedicação em prol dos outros.

#4 Maria Gabriel Sousa

(…) pela autoria do Acto Nobre de diariamente contribuir para minimizar a dor e o cansaço de milhares de crianças e famílias, ajudando a transformar sofrimento em sorrisos. Ultrapassando as suas próprias contrariedades, dedica-se desde 2001 aos outros, de Norte a Sul do País e Ilhas, tendo já proporcionado momentos de felicidade a milhares de crianças internadas. Uma vida que é em si um Acto Nobre.

#5 Hélder Pereira

(…) pela autoria do Acto Nobre de colocar a vida dos outros em primeiro lugar e ter entrado numa casa em chamas em busca de potenciais vítimas, no dia 27 de Abril de 2014, em Vila Nova de Famalicão. Um acto praticado com coragem, abnegação e humanidade num serviço a que diariamente se entrega ao longo dos últimos 9 anos. (Cemgfa)

EFEMÉRIDE - NRP SAGITÁRIO, PÉGASO E ORION, AUMENTADOS AO EFECTIVO DA MARINHA

A 27 de Março de 2001, as lanchas de fiscalização Sagitário, Pégaso e Orion, eram aumentados ao efectivo da Marinha de Guerra Portuguesa. (MGP)

26 de março de 2015

Marinha avisa que navio logístico Siroco é "oportunidade única" para as Forças Armadas

A compra do navio polivalente logístico Siroco "constitui uma oportunidade única no contexto internacional" e é apoiada pelos quatro ramos das Forças Armadas, disse hoje à agência Lusa o porta-voz da Marinha, comandante Paulo Vicente.

Numa declaração à agência Lusa, o porta-voz da Armada salientou que o navio "vem colmatar não só uma lacuna militar antiga, fortemente sentida na crise da evacuação de portugueses de áreas de instabilidade político militar no fim da década de 90, como também garantir uma capacidade autónoma de intervenção, rápida e disponível no país, na protecção civil para os arquipélagos da Madeira e Açores em caso de catástrofes ou calamidades".

O militar referiu que este navio é "disponibilizado pela França, em segunda mão, com 15 anos de operação, a um preço reduzido face à aquisição de um novo, o que constitui uma oportunidade única no contexto internacional", e que esta opção proposta ao ministro da Defesa reúne consenso dos quatro chefes militares.

"Desde 2006 que a aquisição de um navio deste tipo estava prevista como uma necessidade premente de modo a colmatar uma lacuna detectada no Sistema de Forças. Infelizmente os custos de um navio novo impossibilitaram, até agora, a sua aquisição, num momento de fortes restrições financeiras", observou.

O porta-voz da Armada adiantou ainda que, "face à enorme oportunidade da aquisição do Siroco", foi "considerado que a modernização das duas últimas fragatas, da classe Vasco da Gama, prevista decorrer entre 2018 a 2022, poderia vir a ser realizada noutros moldes, poupando dessa forma verbas que pudessem ser usadas".

"Estas duas últimas fragatas sofreriam uma modernização em moldes diferentes que permitissem a sua utilização em cenários de baixa e média intensidade sem comprometer os compromissos nacionais na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), mantendo-as totalmente operacionais", declarou.

Paulo Vicente revelou ainda que também foi unânime no seio do Conselho de Chefes que "a configuração proposta para a Esquadra com a aquisição do Siroco é mais equilibrada, mais polivalente e flexível, respondendo a um leque muito mais alargado de missões e contribuindo para uma valorização da Marinha no seio das alianças militares" de Portugal.

O Ministério da Defesa admitiu hoje estar a ponderar a suspensão das negociações com o Estado francês para comprar o Siroco, um navio posto à venda no ano passado por cerca de 80 milhões de euros e que também despertou o interesse de países como o Brasil ou o Chile.

O ministro José Pedro Aguiar-Branco considera que a abstenção do PS na votação na especialidade da Lei da Programação Militar põe em causa o consenso necessário para avançar com a aquisição deste navio polivalente logístico. (Lusa)

Blogues em destaque no "Defesa Nacional"

Os blogues "Cannon Two", "Planes and stuff","Cruz de Guerra",Motores", e o "Site de Apostas" entram para a coluna de blogues em destaque no "Defesa Nacional".

GENERAL CEMGFA PARTICIPA NA 1.ª CONFERÊNCIA DE CHEFES DAS FORÇAS ARMADAS NAS NAÇÕES UNIDAS

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), General Artur Pina Monteiro participará a convite do Secretário-Geral das Nações Unidas amanhã, dia 27 de Março de 2015, numa reunião inédita na sede desta organização, em Nova Iorque, onde estarão presentes mais de 100 chefes militares, das várias nações.

Esta reunião tem como principal objectivo estabelecer uma plataforma de entendimento comum sobre o ambiente estratégico e operacional das actuais Operações de Manutenção da Paz sob a égide das Nações Unidas, bem como, ainda, discutir e identificar formas de fazer face aos desafios da actualidade, no contexto de incerteza e insegurança. (Emgfa)

Brigada Mecanizada prepara Exercicio Trident Juncture 2015

No âmbito do planeamento do exercício de alta visibilidade da NATO, “TRIDENT JUNCTURE 2015” , que visa treinar e certificar o Joint Force Command Brunssumno Comando e Controlo da NATO Response Force 2016, decorreu na Brigada Mecanizada (BrigMec), no período de 18 a 20 de Março a apresentação do Site Survey (SiSu) detalhado e liderado pelo Headquarters Alied Land Command(LANDOM), sediado em IZMIR, Turquia.

De entre os vários objectivos do SiSu, que antecede a Main Planning Conference, destacam-se a confirmação dos Objetivos de Treino, o planeamento da Combined Joint Ofensive Operation, a constituição e organização das Forças Opositoras e a discussão e finalização das Statement of Requirments (SOR) das várias nações intervenientes. No total estiveram presentes, em Santa Margarida, cerca de 150 militares oriundos de várias nações.

Das várias actividades desenvolvidas salientam-se os reconhecimentos às infraestruturas de treino e tiro, bem como aos locais exteriores à BrigMec onde podem ocorrer eventos de grande visibilidade. (Exército)

FRAGATA BARTOLOMEU DIAS VISITA ANGOLA

A fragata Bartolomeu Dias, da Marinha Portuguesa, visita Angola e atraca no porto de Luanda, hoje dia 26 de Março de 2015, onde irá desenvolver várias acções no âmbito da cooperação bilateral, após ter participado no exercício internacional OBANGAME EXPRESS 2015, no âmbito da segurança marítima no Golfo da Guiné.

A cooperação com a Marinha de Guerra de Angola (MGA) enquadra-se na iniciativa MAR ABERTO, que visa o aprofundamento e o reforço da cooperação bilateral junto de países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, através de acções conjuntas de instrução e treino, tendentes à edificação de capacidades próprias dos países parceiros, no quadro da estrutura superior das Forças Armadas, dos sistemas de segurança marítima e de autoridade marítima.

Durante a estada da fragata em Luanda, estão previstas múltiplas acções de cooperação, entre as quais salienta-se a realização de acções de instrução e treino na área do mergulho de combate e de abordagem a navios. O navio português estará aberto a visitas de entidades locais, de representações diplomáticas e representantes da comunidade portuguesa ali radicados e promoverá ainda as visitas de estudo.

A fragata Bartolomeu Dias é comandada pelo Capitão-de-fragata Paulo Cavaleiro Ângelo e tem embarcados 172 militares portugueses e militares convidados de outras nações.

Está previsto o navio largar de Luanda no próximo dia 2 de Abril, com cadetes da Academia Naval da MGA embarcados, a fim de efectuarem treino de mar, com enfoque nos domínios da navegação, da marinharia e da segurança no mar. (Emgfa)

Exército chinês realiza manobras militares na fronteira com a Birmânia

O exército chinês levou a cabo manobras militares com fogo real na fronteira do país asiático com o norte da Birmânia, numa zona onde persistem os conflitos entre os rebeldes de minoria kokang e as forças armadas birmanesas.

Segundo o canal militar da emissora de televisão estatal chinesa, CCTV, uma brigada do exército da província de Yunnan, que faz fronteira com a Birmânia, levou a cabo "recentemente" manobras nocturnas de grande escala com fogo real nas montanhas, de modo a provar que as tropas "estão prontas para combater de noite".

As imagens mostram soldados equipados com lança-chamas realizando, de noite, vários exercícios debaixo de intenso fogo de artilharia, mas não foram revelados mais pormenores sobre estas operações, como a data em que aconteceram. (Visão)

Negociações para compra de navio francês "Siroco" poderão ser suspensas por Portugal

O ministro da Defesa português admite suspender "todas as negociações" com a França para comprar o navio polivalente logístico Siroco, devido à abstenção do PS na votação da Lei de Programação Militar (LPM) na especialidade.

"Face à posição do PS e face às graves declarações proferidas, questionando as opções (...) dos chefes do Estado-Maior, o Ministério da Defesa Nacional pondera suspender todas as negociações tendo em vista a aquisição do navio polivalente logístico Siroco", disse à agência Lusa fonte oficial.


A mesma fonte sublinhou que a opção pela compra do navio francês partiu de "uma deliberação unânime" do Conselho de Chefes militares e que tanto o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, como o chefe da Marinha discutiram a questão com os deputados nas audições na comissão parlamentar de Defesa, em Fevereiro.

O Ministério da Defesa salientou ainda que a lei, aprovada na generalidade com votos da maioria e do PS, foi entregue na Assembleia da República "há mais de dois meses, sem que tenha havido qualquer iniciativa para aprofundar a discussão sobre este tema".

Outra fonte ligada a este processo adiantou à Lusa que o deputado do PS João Soares foi indicado pelo secretário-geral socialista como interlocutor com o Ministério da Defesa e foi informado pessoalmente pelo ministro José Pedro Aguiar-Branco sobre os detalhes da aquisição do Siroco.

Fonte oficial do Ministério da Defesa disse que neste momento decorrem negociações com o Estado francês e que a Marinha já tem identificadas as verbas necessárias para avançar com a compra, mas que esta não acontecerá sem "um consenso geral" sobre esta matéria.

Na terça-feira, durante a discussão na especialidade da LPM no parlamento, o deputado socialista Marcos Perestrello justificou a abstenção do PS com a falta de discussão sobre o cancelamento da modernização de duas fragatas para dar prioridade à compra do Siroco.

O deputado do PS defendeu ainda que a compra deste navio devia constar expressamente da nova LPM.

A LPM e a Lei de Programação de Infraestruturas Militares (LPIM) deverão ser votadas no plenário na próxima sexta-feira em votação final global. (NM)

25 de março de 2015

Segurança Interna e Justiça em debate em Braga

“Não queremos um Estado grande, queremos um Estado forte”, afirmou a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, durante a sua intervenção que antecedeu o debate público Ter Estado, dedicado ao tema “Como melhorar a confiança no Estado de Direito”.

No decorrer do seu discurso Berta Cabral referiu que este ciclo de debates “que apelam à reflexão de todos” ajudam a densificar o próprio “Conceito Estratégico de Defesa Nacional” podendo, desta forma, “contribuir para a missão do Instituto da Defesa Nacional".

A governante aludiu também à necessidade das instituições de Defesa Nacional e das Forças Armadas trabalharem em conjunto, congregando esforços em prol de um País mais seguro, perante as “ameaças onde a segurança interna e externa se confundem”.

Na primeira ronda de intervenções, o conferencista convidado João Tiago Silveira, ex-Secretário de Estado e professor universitário, afirmou que falta à justiça em Portugal capacidade de “gestão, qualidade e transparência”.

João Tiago Silveira apontou o fato dos tribunais serem geridos por “três entidades diferentes” e referiu a necessidade de se simplificarem os processos judiciais e dos cidadãos serem informados do “tempo médio que um tribunal demora a resolver determinado processo”.

Jorge Bleck, advogado e administrador de empresas, considera que, em Portugal, discute-se muito a justiça, mas que os problemas persistem: “Não é uma questão de meios”, é uma “questão de processos”, referiu acrescentando que há necessidade de uma “revolução cultural da justiça, uma mentalidade que tem de ser mudada no sentido do interesse dos cidadãos”.

O terceiro conferencista, Nuno Garoupa, relembrou que os níveis de confiança baixos na justiça são “um problema comum a vários países da União Europeia” e que a justiça “não é diferente de outras áreas do Estado português”.

Já na fase do debate, o investigador e actual Presidente da Comissão Executiva da Fundação Francisco Manuel dos Santos, afirmou que “o modelo filosófico subjacente à justiça portuguesa é desajustado da sociedade moderna” e deu como exemplo as reformas sucessivas nos últimos 50 anos do sistema judicial americano.

José Manuel Pureza, a propósito da segurança, referiu que a “previsibilidade na vida dos cidadãos” é essencial num Estado de Direito e que o modelo, seguido em Portugal, tem sido posto em causa através da disseminação da ideia de que “vivemos num Estado excepcional”, provocado pela crise nas contas públicas.

O político e professor universitário apontou ainda a corrupção como “o poder que se afirma contra o Estado de Direito” e a necessidade de se criarem mecanismos para se “atacar a fundo a grande corrupção”, prestando assim um enorme serviço à confiança dos portugueses.

O próximo debate público, do ciclo Ter Estado, terá como temática a “Os poderes legislativo, executivo e judicial no Portugal do séc. XXI”. (Defesa)

MILITARES PORTUGUESES E ANGOLANOS REALIZAM EXERCÍCIO AO LARGO DA COSTA ANGOLANA

A Marinha Portuguesa e a Marinha de Guerra Angolana realizaram no dia 24 de Março de 2015 e no quadro da cooperação técnico-militar entre os dois países, um exercício de segurança marítima ao largo da costa de Angola, com o objectivo de treinar e reforçar capacidades no combate a diversos tipos de ameaças marítimas, nomeadamente as acções de abordagem a navios suspeitos.

No âmbito do cenário do exercício, foi simulada a detecção de um navio com um comportamento suspeito de desenvolver actividades ilícitas em mar territorial angolano. De forma a assegurar o controlo das águas territoriais, um grupo de abordagem de fuzileiros da Marinha de Guerra Angolana foi activado, tendo abordado o navio suspeito (simulado pela fragata Bartolomeu Dias) e realizado uma inspecção a bordo. Durante esta acção foram ainda treinadas práticas de socorrismo em situações de combate, permitindo o reforço e consolidação das perícias adquiridas.

A acção de treino contou também com a participação de uma aeronave P3C ORION, da Força Aérea Portuguesa, que durante a abordagem transmitiu em tempo real, imagens de vídeo da progressão realizada a bordo pela equipa de abordagem.

O Comandante da Brigada de Fuzileiros Navais Angolanos, Contra-almirante FZ Bamba Zifua de Castro, acompanhado por outros militares angolanos, assistiu a bordo ao desenrolar do exercício.

A fragata Bartolomeu Dias encontra-se em exercícios na região do Golfo da Guiné desde o início do mês de Março, estando presente também na região uma aeronave portuguesa P3C ORION, empenhada no exercício OBANGAME EXPRESS 2015. (EMGFA)

24 de março de 2015

Cerimónia do Dia do Campo de Tiro – 111.º Aniversário

Assinalou-se, a 24 de Março de 2015, a cerimónia militar que comemorou o 111º aniversário do Campo de Tiro da Força Aérea.

A cerimónia foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José António de Magalhães Araújo Pinheiro, e contou com um discurso do Comandante da Unidade, Coronel Técnico de Manutenção de Armamento e Equipamento Emanuel Guerra.

Posteriormente procedeu-se à rendição dos Porta-Estandartes Nacional e da Unidade, à cerimónia de Homenagem aos Mortos e imposição de condecorações, terminando com um desfile das Forças em Parada. (FAP)

PORTUGAL PARTICIPA EM MISSÃO DA NATO NA LITUÂNIA

Portugal participa, de Abril a Julho de 2015, com um Esquadrão de Reconhecimento (ERec) do Regimento de Cavalaria 6 (Braga), da Brigada de Intervenção do Exército, no quadro das medidas de tranquilização da NATO no flanco Leste da sua área de responsabilidade, com a finalidade de contribuir para o reforço da presença de forças terrestres de nações aliadas.

A participação nacional neste contexto decorrerá na Lituânia, onde o ERec vai participar em exercícios e acções de treino multinacionais com forças de outros países da Aliança.

A Força Nacional Destacada, constituída por 140 militares, está equipada com Viaturas Blindadas de Rodas PANDUR II, projectadas por meio naval que largou hoje do porto de Leixões, pelas 13H10. (Emgfa)

Estados Unidos testam míssil intercontinental no Pacífico


A Força Aérea dos Estados Unidos lançou nesta segunda-feira um míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de transportar ogivas nucleares.

O lançamento do foguete Minuteman III foi feito com sucesso a partir da base aérea de Vandenberg, um dia depois da data inicialmente prevista.

“Apesar de os lançamentos de ICBM a partir da base de Vandenberg parecerem rotineiros, cada um deles requer um tremendo esforço e atenção total para avaliar de maneira precisa as capacidades actuais da força dos mísseis balísticos intercontinentais”, explicou Keith Balts, porta-voz da base aérea.

O míssil testado na madrugada de hoje foi transferido da base F.E. Warren, em Wyoming, um dos recintos militares americanos que, junto com outros em Montana e Dakota do Norte, fazem parte do sistema de dissuasão nuclear desde a Guerra Fria.  (UI)

Esquadra 502 - "Elefantes": Cerimónia dos 60 anos

A Esquadra 502 – “Elefantes” comemora – conforme já noticiámos – 60 anos de existência.

Para assinalar esta efeméride realizou-se uma cerimónia na sede da esquadra, na Base Aérea N.º 6 (Montijo), com a entrega simbólica de um relógio comemorativo e com a apresentação de uma pintura alusiva ao primeiro avião a operar na Esquadra 32 (que depois deu origem à 502), o Nord Aviaton “Noratlas”. 

O evento foi presidido pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José António de Magalhães Araújo Pinheiro. Estiveram também presentes várias entidades militares e civis, das quais se deve destacar o Sr. Ramon Báu, da Airbus Military. (FAP)

23 de março de 2015

Polónia ordena exercícios militares obrigatórios para reservistas

O Ministério da Defesa polaco anunciou hoje o "apelo imediato" de várias centenas de reservistas de todo o país para exercícios militares obrigatórios, que ao longo de 2015 vão envolver 12.000 pessoas.

"Esta operação, aberta hoje, constitui o mais alto nível de controlo de aptidão para a mobilização e o combate", mas "não deve ser associada aos acontecimentos actuais, políticos ou militares", afirmou o Ministério num comunicado.

O exército polaco conta cerca de 100.000 militares e é exclusivamente profissional.

Com o conflito na vizinha Ucrânia, a Polónia anunciou a intenção de renovar e reforçar as suas reservas, mas, sublinhou o ministro da Defesa, Tomasz Siemoniak, "está fora de questão voltar, como na Lituânia, ao serviço militar obrigatório".

O ministro anunciou na sexta-feira uma cooperação mais estreita entre as Forças Armadas e organizações paramilitares com vista a um reforço da defesa do país.

"Está na altura de trabalharmos juntos para constituir reservas de defesa do país", disse Siemoniak num Congresso de organizações de defesa civil que reuniu em Varsóvia cerca de 800 representantes de mais de uma centena de organizações.

Estes grupos civis de autodefesa, que o ministro disse serem "um bom complemento ao pessoal de reserva do exército", ensinam aos seus membros primeiros socorros, construção de abrigos, técnicas de sobrevivência e utilização básica de armas de fogo. (SIC)

“MEDAL PARADE” NO KOSOVO

O Representante Nacional Sénior, Coronel Artur Carabau Brás presidiu, no dia 19 de Março de 2015, em Camp Slim Lines, Pristina, à cerimónia militar de imposição das medalhas NON ARTICLE 5 - NATO Balkans, aos militares do 1BIPara/FND/KFOR, em missão no Kosovo desde 04 de Outubro de 2014.

Na cerimónia estiveram todos os militares do 1BIPARA/FND/KFOR e militares convidados de outros contingentes, nomeadamente do contingente Húngaro da KTM e militares Italianos do Comando da KFOR, que foram agraciados com condecorações Nacionais, por terem contribuído significativamente para o sucesso das operações e actividades do contingente nacional no Kosovo.

O Conselho do Atlântico Norte (NAC) aprovou a medalha NON ARTICLE 5 - NATO para pessoal que participa em missões NATO nos Balkans desde 01JAN03, critério que foi posteriormente extensível a outras operações da Aliança.

A medalha NON-ARTICLE 5 - NATO é atribuída a militares e civis, tendo sido condecorados nesta cerimonia 176 militares portugueses.

No final da cerimónia, o Coronel Artur Carabau Brás, deu os parabéns ao Comandante do 1BIPARA/FND/KFOR, TCOR José NEVES, pela forma singela mas honrosa e plena de significado patriótico, como foi organizada e realizada a cerimónia militar de Medal Parade dos militares Portugueses da KTM. (EMGFA)

A Força Aérea Portuguesa está a substituir a pistola Walther P38 pela H&K USP

H&K USP (FAP Facebook)

A Força Aérea Portuguesa está a substituir a pistola Walther p38 pela a H&K USP. Como tal, é importante e necessário que os militares façam tiro de adaptação à nova arma.
H&K USP (FAP facebook)

Portugal abandona missão de observação militar em Moçambique

Portugal está fora da missão de observação militar em Moçambique, confirmaram hoje à Lusa os governos dos dois países, apesar de um convite que o executivo de Maputo diz ter enviado e que o de Lisboa alega não ter recebido.

"Entre os países que manifestaram interesse em retirar-se da EMOCHM [Equipa de Observação da Cessação das Hostilidades Militares] inclui-se Portugal", afirmou hoje à Lusa o chefe da delegação do Governo moçambicano, José Pacheco, à entrada da 99.ª ronda de diálogo com a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana).

Segundo Pacheco, "todos os países convidados para o primeiro mandato da EMOCHM voltaram a ser convidados verbalmente e por escrito para continuarem nos 60 dias de prorrogação", incluindo os Estados Unidos, que nunca chegaram a mandar observadores.

Contactado pela Lusa, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) de Portugal confirmou a retirada dos seus dois oficiais de Moçambique, que acompanhavam o desarmamento da Renamo e integração dos seus homens nas Forças de Defesa e Segurança, um processo bloqueado ao longo dos 135 dias de vigência da EMOCHM, cujo mandato terminou em Fevereiro e que só há uma semana conheceu uma prorrogação de 60 dias.

"A missão acabou em fevereiro e os oficiais portugueses ficaram mais algum tempo em Moçambique, à espera de uma decisão sobre a sua continuidade", informou hoje à Lusa o gabinete de imprensa do MDN, acrescentando não ter recebido "nenhum pedido oficial em tempo útil" para manter a presença de Portugal na EMOCHM.

"Se entretanto houver um pedido oficial nesse sentido, com certeza será avaliado", referiu o gabinete de imprensa do MDN, assegurando que até hoje não deu entrada nenhum convite nos seus serviços.

O chefe dos negociadores da Renamo responsabilizou, por seu lado, o Governo pelo abandono da EMOCHM dos observadores estrangeiros e que, além de Portugal, incluem os oficiais do Reino Unido, Itália e Botsuana.

"A informação de que dispomos é que o Governo, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, atrasou-se a endereçar os convites aos países que integram a EMOCHM, para ficarem mais 60 dias no país", afirmou Saimone Macuiane, salientando que os observadores "não podiam manter os seus militares em território moçambicano numa situação irregular".

Há uma semana, José Pacheco tinha anunciado a retirada dos observadores de Itália, Reino Unido e Botsuana, e fez uma referência vaga sobre a presença dos dois oficiais portugueses, que se mantinham nas províncias de Sofala e Nampula.

Com a saída hoje confirmada pelos dois governos, a EMOCHM não terá nenhum país europeu.

A EMOCHM decorre do acordo de paz, celebrado a 05 de Setembro em Maputo, pelo ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza e pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e que colocou termo a mais de 17 meses de confrontações militares na região centro, com um número desconhecido de mortos e milhares de deslocados.

A equipa de observadores era integrada por 35 elementos indicados pelo Governo e outros tantos pela Renamo e ainda por 23 peritos militares internacionais.

Há uma semana, as partes concordaram prolongar a missão de observação por mais 60 dias, após um primeiro mandato caracterizado pela paralisia nas negociações, com o Governo a reclamar uma lista de homens da Renamo a inserir nas Forças de Defesa e Segurança e o partido de oposição a exigir um modelo de integração, bem como a partilha de postos de comando.

Governo e Renamo têm também enviado acusações mútuas de violação do acordo, apontando movimentações militares, quer das Forças Armadas e Defesa de Moçambique, quer do braço armado do movimento.

Paralelamente, Moçambique atravessa uma crise política desde as eleições gerais de 15 de Outubro, motivada pelo não reconhecimento dos resultados pela Renamo, que exige a aprovação no parlamento de um projeto de criação de autarquias à escala provincial, a serem governadas pelo partido de oposição, sob ameaça de tomar o poder pela força. (NM)

Dinamarca pode se tornar alvo de mísseis russos

Em artigo de opinião para o jornal dinamarquês Jyllands-Posten, neste sábado (21/03), o embaixador russo em Copenhaga, Mikhail Vanin, comentou que o país poderá ser alvo de mísseis nucleares, caso participe do sistema de defesa antiaérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"Acho que os dinamarqueses não compreendem plenamente as consequências de a Dinamarca aderir à defesa anti-mísseis liderada pelos Estados Unidos", escreveu o diplomata. "Se isso acontecer, os navios de guerra dinamarqueses se tornam alvos dos mísseis nucleares russos."

Ministro Martin Lidegaard: ameaças inaceitáveis

As declarações suscitaram reacção irada do ministro dinamarquês do Exterior, Martin Lidegaard, que classificou as ameaças de Vanin como "inaceitáveis" e "totalmente fora de proporção". "A Rússia sabe muito bem que o escudo anti-mísseis da Otan é defensivo, e não está direccionado contra ela", explicou.

Mette Gjerskov, presidente da Comissão Parlamentar de Política Estrangeira da Dinamarca, declarou à agência de notícias francesa AFP que os comentários do embaixador russo são "muito ameaçadores e desnecessários".

Pedra no sapato do Kremlin

O escudo anti-mísseis, iniciado em 2005 e que deverá estar operando plenamente em 2025, tem sido um constante pomo de discórdia entre Moscovo e a Otan, pois o Kremlin o considera uma ameaça para o equilíbrio estratégico do continente. A Aliança Atlântica rebate que a rede de radares e armamentos oferecerá, a seus países-membros europeus, protecção contra os assim chamados "Estados renegados".

Em Agosto de 2014, a Dinamarca concordou em contribuir com pelo menos uma fragata com capacidade de radar avançada para o escudo da Otan, que já inclui navios de guerra com potencial anti-míssil na Espanha, sistemas anti-mísseis na Turquia e intercepta dores de mísseis na Roménia.

O sistema europeu de defesa da Otan mantém seu quartel-general na Alemanha e planeia estabelecer bases na Polónia e na Roménia, o que desagrada Moscovo seriamente. (DW)

22 de março de 2015

MARINHA TREINA RESPOSTA AOS NOVOS CENÁRIOS DE CRISE

​O INSTREX é um exercício semestral conduzido pelo Comando Naval tendo como principal objectivo proporcionar treino próprio aos navios e à força naval, no mar, assegurando a prontidão, credibilidade e eficiência da Marinha na condução de operações navais em resposta aos novos cenários de crise resultantes das referências geopolíticas existentes.

A Força Naval Portuguesa comandada pelo capitão-de-mar-e-guerra António Gonçalves Alexandre é uma força operacional com elevada prontidão, a quem são atribuídas unidades navais, de fuzileiros e de mergulhadores, para a execução de operações expedicionárias marítimas ou para integração em forças operacionais conjuntas, constituindo-se como a componente naval da Força de Reacção Imediata (FRI), com o fim de garantir opções de resposta militar para a defesa do território nacional e protecção dos interesses nacionais. (MGP)

21 de março de 2015

Exército russo realiza manobras em grande escala

Mísseis balísticos disparados no enclave europeu de Kaliningrado, bombardeiros na Crimeia, soldados no Árctico: com a crise ucraniana como pano de fundo, o governo da Rússia realiza manobras militares de magnitude excepcional para se exibir ao Ocidente.

Esta demonstração de força ocorre há uma semana, e as tropas estão mobilizadas nos quatro cantos da Rússia.

Segundo vários analistas consultados pela AFP, tais manobras têm vários objectivos, alguns a curto prazo e outros de mais longo prazo. O primeiro é responder ao envio de três mil soldados dos Estados Unidos à região do Mar Báltico, no início do mês, e ao reforço do contingente da NATO na fronteira oriental. Ali, desde Fevereiro, foi criada uma nova força composta de cinco mil homens.

"Esta é uma demonstração das capacidades militares da Rússia, do reforço de suas forças militares", afirmou o cientista político Nikolay Petrov.

Em Pskov, região fronteiriça da Rússia com a Estónia e a Letónia, várias unidades de para-quedistas fizeram treinamento durante a noite a fim de simular como seria assumir o controle de um território. Enquanto isso, sete mil quilómetros em direcção ao leste, 500 soldados treinaram com o intuito de se prevenir de um ataque inimigo nas Ilhas Curilas, território reclamado pelo governo do Japão.

O disparo das baterias de mísseis Iskander, em Kaliningrado, foi o que causou mais preocupação na Europa.

Estes mísseis têm a capacidade "de alcançar metade das capitais europeias, podendo chegar até Berlim", disse a presidenta da Lituânia, Dalia Grybauskaite, que denunciou um caso de "demonstração de força e agressão".

O governo polaco assinalou que a intenção da Rússia com as manobras militares foi fazer pressão antes da reunião de cúpula da União Europeia (UE), em Bruxelas. Na ocasião, os governantes europeus decidiram prorrogar as sanções impostas à Rússia até o final do ano.

"O que me preocupa é saber que os russos podem, efectivamente, mobilizar 30 mil homens e mil tanques em um mesmo lugar, muito rapidamente. Foi muito impressionante", disse nesta sexta-feira o general Ben Hodges, comandante das forças terrestres da NATO.

Para o analista militar independente Pavel Felguenhauer, as manobras mostram que o Kremlin considera todos os cenários, inclusive a possibilidade de deterioração da crise na Ucrânia. Neste contexto, "interferências" militares dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais poderiam forçar o governo russo a se preparar para um confronto nuclear. (AFP)

20 de março de 2015

AQUÁRIO VASCO DA GAMA LIBERTA PEIXES PEIXES REPRODUZIDOS EM CATIVEIRO

O Aquário Vasco da Gama vai proceder à libertação, amanhã dia 20 de março, na ribeira do Safarujo (concelho de Mafra), de 400 exemplares de ruivacos-do-oeste (Achondrostoma occidentale), criados em cativeiro no âmbito de um projecto de conservação das espécies de peixes dos rios de Portugal.

Recentemente pensou-se que a população de peixes desta ribeira estaria extinta mas foi com a ajuda de um habitante local que se encontraram os exemplares que se reproduziram no AVG. Este será o primeiro repovoamento realizado na ribeira do Safarujo. (Marinha)

EUA já entregaram "mapa indicativo" de instalações que vão manter nas Lajes

O ministro da Defesa informou esta quinta-feira deputados do Assembleia Legislativa dos Açores de que os EUA já entregaram a Portugal um "mapa indicativo" das instalações que pretendem continuar a usar nas Lajes após a diminuição do contingente que ali têm e das que estão dispostos a ceder a Portugal.

Esta informação foi dada à Lusa por Francisco Coelho, presidente da comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho da Assembleia Legislativa dos Açores, que se reuniu esta quinta-feira em Lisboa com os ministros da Defesa, Aguiar-Branco, e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, para abordar temas relacionados com a base das Lajes.

A Força Aérea Portuguesa está agora a analisar esse mapa, para emitir um parecer, disse ainda Aguiar-Branco, segundo Francisco Coelho, que acrescentou que os deputados foram também informados de que não há ainda uma data concreta para a próxima reunião bilateral entre os dois países, mas que, à partida, deverá ser agendada para Junho.

O deputado açoriano disse que a comissão parlamentar reiterou junto dos dois ministros a necessidade de a utilização de instalações nas Lajes pelos EUA não inviabilizar o aumento da utilização de infraestruturas da Terceira para fins civis, solicitando que isso seja levado em conta nas negociações com Washington.

Os deputados dos Açores pediram também que nas negociações seja enfatizada a importância de serem garantidas compensações para a Terceira por causa da redução norte-americana, atendendo ao impacto socioeconómico e ambiental que tem na ilha.

Além disso, a comissão parlamentar açoriana pediu para o grupo de trabalho criado pelo Governo da República com o objectivo de pensar medidas que atenuem o impacto da decisão norte-americana na Terceira produzir resultados com rapidez.

A Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho da Assembleia Legislativa dos Açores pediu esta reunião aos dois ministros no âmbito da apreciação de uma proposta do BE relacionada com o processo de descontaminação de aquíferos e terrenos no concelho da Praia da Vitória, por parte dos EUA, que são os responsáveis pelo problema, que está associado ao armazenamento e transporte de combustíveis da base das Lajes.

Os trabalhos de descontaminação foram iniciados em Setembro de 2012 pela Força Aérea dos Estados Unidos da América.

Segundo Francisco Coelho, a reunião desta quinta-feira serviu para fazer um "ponto de situação" sobre esta questão e "chamar a atenção" dos ministros para "a necessidade" de este ser um "processo longo e moroso" e de ser garantido o cumprimento do "princípio do poluidor pagador".

Os deputados dos Açores vincaram ainda a importância de a questão ser um dossier importante nas negociações com os EUA, que deixam na Terceira uma pegada ambiental com mais de sessenta anos que tem de ser recuperada. (Público)

MINISTRO DA DEFESA NACIONAL VOA COM OS “LOBOS” EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

O Ministro da Defesa Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-Branco voou com a Esquadra 601 "Lobos", no dia 18 de Março de 2015, numa missão de apoio ao reconhecimento e vigilância da zona económica exclusiva da República de São Tomé e Príncipe, no âmbito da Cooperação Técnico-Militar com Países de Língua Oficial

A acompanhar a missão estiveram presentes a Embaixadora de Portugal, Embaixadora Paula Silva, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General Artur Pina Monteiro, o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Macieira Fragoso.

A presença do destacamento da Força Aérea Portuguesa em São Tomé e Príncipe tem por finalidade a condução de acções de cooperação técnico-militar entre os dois países e a participação no exercício Obangame Express 2015.

O Obangame Express 2015 é um exercício multinacional que terá lugar entre 19 e 27 de Março no Golfo da Guiné, e cujo objectivo é contribuir para aumentar a segurança marítima contra a pirataria, o narcotráfico e outras ameaças marítimas na região. (EMGFA)

19 de março de 2015

19 de Março - Feliz Dia do Pai



O barulhento bombardeiro Tupolev Tu-95

Quando cruzou os céus pela primeira vez, no começo da década de 50, o enorme avião Tupolev Tu-95 era o maior símbolo do poderio militar soviético. Até seu apelido, "Urso", fazia referência a seu tamanho e sua força.

Suas hélices pareciam antiquadas diante dos olhos ocidentais, que já viviam uma era revolucionária no design de aviões, com a tecnologia de motores a jacto.

Poucas pessoas acreditariam que, quase 60 anos depois, o avião ainda estaria na linha de frente da aviação russa, actuando como um bombardeiro estratégico ou fazendo o patrulhamento de longo alcance

Outra função do Tu-95, curiosamente, é servir como um avião "espião", ainda que seja o mais barulhento do mundo nessa categoria. Em Fevereiro, o TU-95 foi destaque no noticiários mundiais, depois que dois deles foram detectados perto do espaço aéreo da Grã-Bretanha e escoltados por caças da Força Aérea britânica.

A manobra era uma patrulha comum que os TU-95 faziam no auge da Guerra Fria e que recentemente a Rússia retomou. Mas a história de porque a Rússia ainda confia nessa máquina é mais interessante do que parece.

O TU-95 continua no activo, em parte, por causa de seu visionário criador. Andrei Tupolev era o principal designer de grandes aviões da antiga União Soviética, um engenheiro superdotado que foi preso durante o regime de Stalin por causa de acusações forjadas.

Com o fim da 2ª Guerra Mundial e o início da Guerra Fria com os Estados Unidos, Tupolev ajudou a criar o primeiro bombardeiro nuclear soviético, o Tu-4.

Tratava-se de uma cópia do Boeing B-29 Superfortress, o avião que lançou as duas bombas atómicas sobre o Japão. Muitas dessas aeronaves caíram em território soviético durante a campanha americana contra os japoneses, e os soviéticos conseguiram montar sua réplica com base em engenharia reversa.

Apesar disso, o Tu-4 não tinha alcance para chegar aos Estados Unidos a partir das bases soviéticas. Em 1952, Tupolev e outro importante designer aeronáutico da época, Vladimir Myasishchev, receberam a encomenda de projectar um bombardeiro capaz de carregar 11 toneladas de ogivas por 8 mil quilómetros, o suficiente para atingir o coração do território americano.

Enquanto o seu concorrente apostou em um projecto ousado, Tupolev decidiu misturar alguma tecnologias já testadas e aprovadas com ideias que surgiram com a primeira geração de jactos. "Foi uma abordagem vista como menos arriscada do que a concepção de Myasishchev", explica Douglas Barrie, analista de aviação do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, uma think-tank com sede na Grã-Bretanha.

O Tu-95 é uma aeronave gigantesca: tem 46 metros de comprimento e 50 metros de envergadura. Vazio, o avião pesa 90 toneladas e é movido por quatro enormes turbo hélices. O TU-95 tem oito conjuntos de hélices. Toda essa força é suficiente para fazê-lo alcançar mais de 800 km/h, velocidade quase semelhante à atingida por jactos comerciais modernos.

Diferente da maioria dos aviões a hélice, as asas do Tu-95 apontam para trás em um ângulo de 35 graus, um pouco como os primeiros caças a serem produzidos. Isso ajudou a aeronave a diminuir o arrasto e alcançar alta velocidade.

Os motores de Tupolev propulsionam dois conjuntos de lâminas com 5,5 metros de comprimento que giram em direcções opostas. Isso torna as hélices mais eficientes mas também cria um ruído ensurdecedor. Tanto que o Tu-95 é considerado o avião mais barulhento ainda em serviço no mundo ─ dizem que até submarinos americanos conseguem "ouvi-los" com seus sonares debaixo de água.

A função original do TU-95 "Bear" de lançar bombas nucleares sobre território inimigo acabou perdendo seu valor com o amadurecimento da tecnologia de mísseis. Mas seu design inteligente permitiu que o avião fosse adaptado várias vezes de acordo com seu uso.

Os Tu-95s de patrulha marítima sobrevoavam navios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) durante a Guerra Fria. Alguns deles até foram deslocados para Cuba, voando ao longo da costa americana a partir de bases no Árctico.

Outros TU-95, que foram adaptados para carregar mísseis de cruzeiro de longo alcance, já que tinham capacidade para levar uma carga tão pesada.

Ambições nucleares

Uma versão bastante modificada nasceu tempos depois, o Tu-126, que se tornou a primeira plataforma de vigilância aérea da União Soviética, actuando com um radar voador que alertava defesas sobre a aproximação de aeronaves inimigas.

O TU-95 ganhou até uma versão para a aviação civil, que até hoje mantém o recorde mundial de velocidade para um avião Turbo Hélice: 870 km/h, marcados em 1960.

Foi um Tu-95 modificado que lançou o mais potente explosivo, a bomba nuclear "Tsar ", testada pelos soviéticos em 1961.

A tripulação escolhida a dedo disparou a ogiva de 50 Mega toneladas sobre a ilha de Nova Zemlia, no Oceano Árctico. A bomba precisou de um para-quedas para dar tempo de a aeronave se afastar para uma área segura.

A força da explosão – dez vezes superior à de todos os explosivos detonados em toda a 2ª Guerra Mundial – fez o avião avançar mais de um quilómetro, apesar de estar a 45 quilómetros de distância.

Os soviéticos também estudaram a ideia de ter um "BEAR" movido a energia nuclear. O Tu-95 LAL foi equipado com um reactor pequeno e funcionou como um avião de provas. Acabou sendo retirado nos anos 60, apesar de ter conseguido provar que a tecnologia era viável.

Dos mais de 500 TU-95 construídos desde a década de 50, acredita-se que pelo menos 55 deles ainda estão a serviço da Força Aérea russa, enquanto vários modelos para patrulhamento marítimo fazem parte das frotas das Marinhas da Rússia e da Índia.

Assim como o B-52, da Força Aérea americana, o TU-95 se tornou praticamente insubstituível. Com actualizações e versões adaptadas, o grande "Urso" da Guerra Fria deve permanecer nos céus ainda por algumas décadas. Andrei Tupolev ficaria orgulhoso. (BBC Brasil)