"O esforço não só é para manter, como é aliás para reforçar", defendeu José Azeredo Lopes, durante a cimeira ministerial entre os 28 membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, até quinta-feira.
Para o responsável governamental português "a presença no exterior não significa necessariamente" estar "no meio de Bagdade ou que, de repente", se vá "desembarcar em Damasco".
"Nós colaboramos à medida das nossas capacidades - e tenho muito orgulho no nosso país e em que não seja um gigante, mas, à luz da nossa dimensão, damos sempre sinais claros de que podem contar connosco", especificou.
Questionado sobre os meios e os locais definidos, Azeredo Lopes recordou que o processo ainda vai passar pelo escrutínio do Conselho Superior da Defesa e do "Comandante Supremo das Forças Armadas", ou seja, o Presidente da República.
"Estamos a falar, com certeza, numa opção entre o Mali ou a República Centro Africana. É a opção que se está claramente a desenhar. Trata-se de assumir responsabilidades que estavam a ser assumidas, neste caso pela França, para a França se poder concentrar num outro teatro, essencialmente a Síria. Portugal já anunciou que vai acolher este pedido e agora vai seguir os seus trâmites", disse.
O Estado gaulês invocou a cláusula de protecção mútua europeia e já o anterior ministro, Aguiar Branco, tinha reconhecido a forte hipótese de empregar "um meio aéreo e mais efectivos, num dos cenários africanos". (CM)
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