16 de junho de 2016

Portugal disponível para integrar missão contra terroristas do Estado Islâmico

O ministro da Defesa afirmou que Portugal está disponível para reforçar a missão da NATO no combate aos terroristas do auto denominado Estado Islâmico, no Iraque.

À margem de uma reunião da Aliança Atlântica, em Bruxelas, Azeredo Lopes admitiu deslocar para o terreno meios das Forças Armadas, em missões de formação e de apoio logístico.

O ministro sublinhou, contudo, a importância de a missão não colidir com as acções da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, que tem bombardeado as posições do Estado Islâmico.

“Não vai ser uma missão que se confunda com aquilo que está a fazer a coligação anti-Estado islâmico. Não se devem devem confundir os dois planos. Será uma missão de projecção de estabilidade que poderá passar por actividades similares, por exemplo, aquelas que nós já desempenhamos com muitíssimo mérito - como tem sido publicamente reconhecido - no plano da formação, no plano do apoio logístico em Besmaya. Poderá vir a ocorrer ou reforçar-se esta missão”, descreveu.

A NATO anunciou que vai reforçar a luta contra o Estado Islâmico. Da reunião de ministros da Defesa da Aliança Atlântica sai a garantia de um combate ao terrorismo em várias frentes.

O secretário-geral da NATO promete uma intervenção da aliança consistente e persistente na luta contra o terrorismo. Agora, também com mais meios aéreos. Aos jornalistas anunciou o envio de aviões Awacs (Airborne Warning And Control System).

Jens Stoltenberg fez referência à pronta disponibilidade de alguns aliados em avançarem para o Iraque.

A NATO parece responder ao apelo de Portugal, Espanha, Itália e França para a necessidade de uma atenção maior ao flanco Sul. Um pedido que terá sensibilizado os outros membros da Aliança, que acordaram numa reconfiguração da presença de navios no mar Egeu e no Mediterrâneo para fazer à crise dos refugiados.

Da reunião ministerial de Bruxelas saiu ainda a grande novidade. A partir de agora, o ciberespaço é considerado como um domínio operacional, ou seja uma zona de guerra. Um ataque ao ciberespaço de um aliado ou estrutura da própria NATO pode levar a uma intervenção das forças da aliança, explicou o secretário-geral.

Os ataques no ciberespaço podem ser a vários níveis, mas segundo apurou a Renascença a grande preocupação prende-se com o sector das comunicações.

As decisões finais ficam para a cimeira de Julho, em Varsóvia, mas este encontro de dois dias em Bruxelas também ficou marcado pelos avisos à Rússia. A NATO vai enviar quatro batalhões robustos para a região do Báltico e promete intervir caso algum país aliado seja atacado. (RR)

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