22 de outubro de 2016

Marinha e Força Aérea atentas a passagem de frota russa

São oito navios de guerra, um submarino e ainda o porta-aviões Almirante Kuznetsov que pode transportar mais de 50 aviões. É esta a comitiva que está a caminho da base naval que Moscovo tem na Síria e que está a deixar inquieta a NATO.

A Marinha e a Força Aérea Portuguesa estão a postos para vigiarem a comitiva naval russa que deve passar entre este sábado e segunda-feira ao largo da costa nacional.

O Ministério da Defesa disse ao Diário de Notícias que as Forças Armadas portuguesas vão fazer o acompanhamento com meios aéreos e navais, uma fragata e um avião P-3.

Os navios russos não devem chegar a entrar em águas territoriais portuguesas (12 milhas náuticas), mas podem fazê-lo ao abrigo do "direito de passagem inofensiva", previsto na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Em entrevista à TSF, o almirante Vieira Matias, que foi Chefe de Estado Maior da Armada, considera que toda a vigilância é normal.

O secretário-geral da NATO, está preocupado com o facto de este movimento militar russo poder ser decisivo na batalha de Alepo, a cidade síria que tem estado debaixo de bombardeamentos intensos do exército síria com a ajuda de Moscovo.

Jens Stoltenberg reconhece que a "Rússia tem o direito de operar em águas internacionais", mas já disse que os navios da NATO vão vigiar a frota na aproximação ao seu destino.

Alguns especialistas em Defesa, citados pelo jornal espanhol El País, dizem que este movimento militar russo rumo ao Mediterrâneo representa uma das maiores exibições de força de Moscovo desde a Guerra Fria.

Os navios, que atravessaram ontem o Canal da Mancha, foram acompanhados pela Marinha Britânica e antes foram observados de perto por noruegueses e holandeses. (TSF)

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